Evento que contabilizou 1000 participantes registados e contou com 48 oradores especialistas de vários países de língua oficial portuguesa, o Ética Summit 2022 foi apontado por Mário Almeida como uma “experiência fantástica”, de sucesso. O presidente do Panathlon Clube de Lisboa, entidade responsável pela organização do evento que decorreu de maneira exclusivamente virtual entre as últimas sexta-feira e domingo, destacou que o encontro cumpriu os seus objetivos estratégicos na promoção do debate, da reflexão, da partilha de ideias, do conhecimento e das boas práticas sobre a ética, o fair play no desporto.
“O Ética Summit 2022 conseguiu unir grandes personalidades intervenientes na área do desporto de vários países lusófonos diferentes, com um apoio fantástico da comunidade desportiva”, observou Mário Almeida. O organizador do encontro também destacou o esforço para a realização do evento exclusivamente on-line pela “enorme dificuldade com comunidade lusófona espalhada pelo globo” e pelas “estadias são proibitivas”. Ele observou que o encontro virtual garantiu uma estrutura que “nos possibilitou um encontro de altíssimo nível e com pessoas de vários países a interagir”.
“Este evento também contribuiu, de facto, como o alargamento do movimento Panathlon para o crescimento dessa discussão sobre a ética desportiva”, acrescentou Almeida, referindo-se especialmente aos desafios na expansão da entidade nos países africanos e em outros centros dentro do Brasil “que tem condições de crescer para outros estados, ser ampliado para além de São Paulo. Estamos longe de conhecer o potencial do Panathlon no Brasil”, reforçou.
Na visão de Mário Almeida, o Ética Summit 2022 alcançou a missão de envolver todos aqueles que direta, ou indiretamente, se relacionam e/ou intervêm no mundo desportivo, como atletas, treinadores, árbitros e juízes, professores, investigadores, médicos, jornalistas, profissionais, estudantes e adeptos em geral. “Foi uma experiência fantástica para todos que puderam acompanhar o evento e discutir os valores ligados à ética no desporto”, ressaltou.
Questionado sobre se haverá futuras edições do evento, Mário Almeida mostrou-se otimista, porém deixou claro que a proposta será discutida e decidida juntamente aos sócios do Panathlon Clube de Lisboa. “O Ética Summit Summit 2022 obriga-nos a pensar no que vamos fazer nos anos a seguir”, destacou sobre os muitos debates aprofundados deixados como legado nos três dias de atividades, ressaltando ainda que cerca de 100 entidades (associações, federações, confederações e outras), formalizaram o seu apoio ao evento, algo que denota um elevado interesse demonstrado pela necessidade de reforçar a promoção da ética e integridade do desporto.
Como media partner do Ética Summit 2022, a SportMagazine foi o único órgão de comunicação social a acompanhar na íntegra os três dias do evento com cobertura em tempo real. Na sexta-feira, primeiro dia do evento, estiveram o anfitrião Mário Almeida, além de nomes como o presidente do Conselho Federal de Educação Física, Cláudio Bochi; o vogal da Direção do Instituto Português do Desporto e Juventude, Carlos Pereira; e o presidente da Fundação do Desporto, Paulo Paulo Frischknecht.
No sábado, o evento levou aos centenas de participantes painéis temáticos forte debate, como foram os casos de “Desafios atuais: a genética no desporto” e “O desporto e o desenvolvimento de valores, desde as idades jovens”, “Integridade do desporto – novos riscos e novas exigências”, “Boa governança e transparência – fatores de credibilidade e sustentabilidade”, “Infiltração criminosa no desporto – enquadramento normativo em vigor” e “Desporto profissional / amador – especificidades em matéria de integridade”.
Sendo um evento 100% online, teve o seu centro operacional e técnico instalado na Faculdade de Motricidade, na Cruz Quebrada, a partir de onde, a emissão das sessões que compõem o programa do evento foram transmitidas para todo o espaço lusófono. Foi especificamente deste ambiente que se seguiu a organização para o terceiro e último dia do evento, no domingo.
Na ocasião, os principais temas de debate foram “Dopagem e antidopagem – situação nos países lusófonos”, “Antidopagem e princípios éticos fundamentais”, Workshop F: “Sanções na Antidopagem – suficientemente dissuasivas?”, “Inclusão e igualdade – abordagem ético-jurídica”, “Racismo e xenofobia – desporto unificador e divisor” e “Igualdade de género – ação para a inclusão e combate à discriminação”.
Durante três dias, centenas de participantes simultâneos contabilizados em todas as salas puderam partilhar as suas ideias e conhecimento, em conferências, mesas redondas e workshops, sobre diversos temas como os “valores da ética”, a “manipulação genética”, o “racismo e a xenofobia”, a “manipulação dos resultados”, a dopagem e antidopagem”, ou o “desporto profissional versus o desporte amador”, “boa e transparência”, “infiltração criminosa no desporte” e ainda, “inclusão e igualdade”.
Na sessão de encerramento, para além de Mário Almeida (Presidente do Panathlon Clube de Lisboa), Fábio Figueiras (do Chair do Evento) e de Jorge Carvalho (membro da CE do evento), estiveram presentes Almir Adolfo Gruhn (Presidente da FIEFE), Pedro Souza (Presidente do Panathlon Distrito Brasil), de Avelino Azevedo (Presidente da CNAPEF), Mariana Carvalho (Presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais) e de Luís Sardinha (Presidente da Faculdade de Motricidade Humana).
De acordo com a organização, o evento cumpriu os objetivos propostos, tendo sido o primeiro do género organizado no espaço lusófono. Primeiramente, porque se assumiu como um evento gerado no seio das organizações desportivas, para a sociedade civil e desportiva. Depois, porque permitiu uma forte colaboração entre organizações de diferentes países de língua oficial portuguesa, que trabalharam em conjunto desde há um ano, altura em que se iniciou a preparação do Ética Summit. E por último, lançou o debate sobre temas até há bem pouco tempo, considerados “tabús”, para os quais é fundamental marcar uma agenda estratégica e mobilizadora em todos os países lusófonos.
O evento contou também com o apoio de instituições como: o Instituto Português do Desporto e Juventude, a Fundação do Desporto, o Conselho Federal de Educação Física, o Panathlon Distrito do Brasil, a Faculdade Motricidade Humana, e a EDUGEP (parceira digital), além das entidades que constituem a Comissão de Honra e a Comissão de Apoio Institucional.