O Encontro Nacional de Esperanças Olímpicas realizou-se este fim de semana, no Centro de Alto Rendimento do Jamor. Este evento junta treinadores e atletas que lutam por presenças nos Jogos Olímpicos, nomeadamente os de Los Angeles, em 2028, e os de Brisbane, na Austrália, em 2032. Para fechar o evento, este domingo, estiveram presentes as atletas olímpicas, Patrícia Mamona e Telma Monteiro.
A judoca portuguesa falou do seu percurso enquanto atleta que, felizmente, ainda não terminou, abordando temas como o psicológico e o legado que pretende deixar, para inspirar os mais novos. Telma Monteiro diz ainda querer fazer história e ser a primeira judoca a competir em seis Jogos Olímpicos – caso consiga participar em Paris 2024, cumpre esse mesmo objetivo.
“O mais importante para mim não foram as medalhas, mas a forma como as consegui conquistar, é esse o meu legado. Não é só ganhar, as pessoas não se vão lembrar só das medalhas, mas da minha imagem, é esse o legado que quero deixar”, disse durante a sessão “Conversas Olímpicas”.
No que ao psicológico diz respeito, Telma Monteiro falou da mais recente e grave lesão que teve durante a sua carreira, explicando a forma como se dedicou à mesma, afirmando que o fez “como se fosse uma competição”. A judoca portuguesa diz ser “assustador, passar de conseguir fazer tudo para quase não conseguir fazer nada”, realçando que se deve “ter um compromisso com a nossa recuperação”. Para além disto, Telma Monteiro falou da importância de um bom psicológico para um atleta, dizendo mesmo que “se eu soubesse o que sei hoje, se houvesse estas formações, eu tinha trabalhado mais cedo com um psicólogo”.