Rochele Nunes conquistou a medalha de prata no Grand Slam Baku 2022, este domingo. A judoca portuguesa conversou com a SportMagazine sobre a preparação para a prova, sobre a mesma e sobre a modalidade em si. A atleta afirma ter ficado contente com esta conquista devido a “muitas incertezas” que foram surgindo – ” se eu estava a trabalhar bem, se iria regressar bem”, descreveu.
“Portanto quando subimos ao pódio é sempre uma resposta positiva do nosso trabalho mesmo que eu ainda não esteja 100% contente ou satisfeita, sigo o caminho”, disse.
No que à preparação diz respeito, Rochele Nunes conta a preparação diferente que fez para este competição em específico. A judoca afirma ter feito uma preparação “de manutenção”, pois ainda estaria a recuperar do Grand Slam de Abu Dhabi, onde conquistou a medalha de bronze. Com a conquista destas duas medalhas após uma lesão, Rochele acredita estar “no momento de colheita” do trabalho que realizou durante o período de recuperação.
Aquando abordada acerca da modalidade em Portugal, Rochele diz que os atletas portugueses seja “em Portugal e no mundo, sempre fizeram história, não somente pelos resultados mas pela qualidade do judo apresentado”.
“Eu vejo que mesmo sendo poucos temos muita qualidade no que se trabalha e assim ficamos na história do judo mundial. Exemplos temos a Telma, nossa multimedalhista e ídola internacional de vários países, a Patrícia Sampaio está entre a top-5 do mundo de recordes de medalha em mundiais juniores (abaixo de Teddy Rinner e Mayra Aguiar) e Bárbara Timo, atleta medalhista no mundial em duas categorias diferentes, sendo que baixou de categoria, o que não é realmente comum, portanto somos realmente espetaculares na modalidade”, disse.
Rochele Nunes tem como objetivo principal chegar aos Jogos Olímpicos de 2024, em Paris. Acrescentou ainda que o caminho vai ser duro, mas que quer “chegar aos jogos sendo cabeça de série e como uma das favoritas”.