Luís Cameira, treinador de natação, nomeadamente dos atletas José Lopes e Tamila Holub, conversou com a SportMagazine. O técnico português analisou a época dos atletas anteriormente referidos, destacando as dificuldades que esta época deteve.
O treinador pertencente aos quadros do Sporting Clube de Braga e já destacado, em 2019, como o treinador de natação do ano, realça que “foi uma época muito complicada, nós já sabíamos que ia ser, porque o ciclo olímpico foi muito longo – cinco anos”. Luís afirma que foi difícil para todos os que participaram nos Jogos Olímpicos em 2021, e descreve a situação como “depressão pós-olímpicos”.
“Todos os que estiveram em Tóquio, tiveram dificuldades. Uns no início, outros no meio, outros para o final, mas foi transversal a todos. Não só a nós, foi transversal à natação mundial. E é uma coisa natural que os psicólogos explicam bem, é como uma depressão pós-olímpicos. Uns conseguiram ultrapassá-la mais cedo e acabaram por lhe correr muito bem o Campeonato da Europa, nomeadamente o Gabriel Lopes e a Tamila Holub, que tiveram resultados excecionais”, afirmou, em conversa com a SportMagazine.
José Lopes, atleta português treinado por Luís Cameira, teve um início de época bastante positivo. “Fez um Campeonato do Mundo fantástico, em Abu Dhabi, e retirou 10 segundos ao recorde nacional dos 1500 metros [livres], foi inclusive recorde ibérico. Aos 400 livres também bateu o recorde de Miguel Nascimento”, afirmou o seu treinador. No entanto, segundo o próprio, a partir de dezembro começaram os problemas para o atleta do SC Braga. Contudo, a recuperação está próxima.
“Com os problemas do pós-olímpicos, teve de parar para ultrapassar esta fase menos boa. E penso que os problemas estão resolvidos. Já iniciou a época, está neste momento na ilha da Madeira a preparar uma prova de águas abertas, onde é cabeça de cartaz. E penso que está pronto, neste momento para pensar novamente em altos voos na natação mundial”, realçou.
Já sobre Tamila Holub, Luís Cameira afirma ter sido o oposto de José Lopes. Começou por passar mal com a tal “depressão pós-olímpica”, tendo mesmo de parar. No entanto, terminou a época da melhor forma possível, tornando-se na portuguesa “com mais finais, tem quatro finais, e igualou a melhor classificação de sempre, o quinto lugar”. O técnico afirma ainda que “está determinada também a fazer a terceira participação nos Jogos Olímpicos, em Paris 2024”.