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José António Silva projeta futuro otimista para Seleção Nacional feminina: “Estamos a preparar uma boa geração”Exclusivo 

José António Silva, selecionador nacional de andebol. Foto: FPA

Foram sete estreias na Seleção Nacional de Andebol Feminino e um honroso quarto lugar nos Jogos do Mediterrâneo. Mais do que a colocação final, agradou ao selecionador José António Silva o desempenho e a postura das atletas na competição internacional. Com uma equipa composta basicamente por jovens, o treinador trouxe na bagagem de Oran 2022 muitas notas positivas.

Estrearam-se na equipa A nacional Matilde Rosa (guarda-redes), Luciana Rebelo, Mariana Costa e Mariana Brito (laterais), Margarida Morais (pivô), Joana Pires (ponta) e Maria Duarte (central), “que, com 23 anos, nunca tinha jogado na Seleção A”, observa José António Silva. Com uma equipa constituída por jogadoras com uma idade média de 21 anos, o treinador ressaltou que “em boa verdade, nós tínhamos uma jogadora muito experiente, a nossa capitã de equipa [Bebiana Sabino].”

“Depois, as outras duas são guarda-redes, pelo que não intervinham muito no modelo de jogo. Pelo que, a maior parte das jogadoras que intervinham, quer no processo ofensivo, quer no processo defensivo, são muito jovens, abaixo dos 20 anos, maior parte delas, outras na casa dos 22, 23 anos. Portanto, uma seleção, de facto, muito jovem”, acrescentou José António Silva.

A entrevista à SportMagazine foi concedida durante o 19.º Congresso Técnico Científico de Andebol, que decorreu no último fim de semana em Gondomar. Na ocasião, ainda cansado da viagem de regresso do continente africano, o comandante da Seleção Nacional destacou que ficou satisfeito com o que viu.

“O que nós retiramos para os próximos passos? Estamos a preparar uma boa geração, creio eu. Com algumas atletas com elevado potencial, que necessitam de continuar a trabalhar para explorar o potencial que têm. Mas que mesmo agora, no imediato, já conseguiram dar, em determinados momentos, boas respostas. Eu acredito firmemente que, algumas delas, vão ter em breve um papel importante na equipa e, juntamente com outras que, neste momento, não puderam ser utilizadas, mas que poderão dar uma experiência acrescida, eu creio que podemos formar nos próximos… Não vou ser muito ambicioso: dois, três anos, uma equipa forte para lutar pelas competições internacionais”, detalhou.

Portugal começou os Jogos do Mediterrâneo com uma derrota apertada justamente diante da Sérvia (21-20). Depois, venceu Turquia (26-30) e Macedónia do Norte (19-17). Na meia-final, perdeu com a Espanha (26-24) e, por fim, na disputa pelo bronze sofreu o revés com a Sérvia (22-26). Sem poder contar com todas as jogadoras e com uma equipa constituída por jogadoras com uma idade média de 21 anos, José António Silva destacou a relevância de poder ampliar as possibilidades após a participação em Oran, na Argélia.

“Em primeiro lugar, de facto, desde início e atendendo ao período da época e a todo o contexto, nós sabíamos sempre que íamos levar uma equipa jovem. E portanto, redirecionámos os nossos objetivos para dar experiência internacional, consolidando o nosso modelo de jogo e integras as novas atletas naquilo que tem vindo a ser construído a nível de Seleção A. Portanto, estes eram os objetivos fundamentais. Para alguma surpresa nossa, conseguimos prestações de bom nível. E não passa só pelas vitórias ou derrotas, passa pela qualidade de jogo que apresentámos em largos momentos da competição, e as miúdas, não só as mais novas como as mais velhas, deram muito boa resposta”, afirmou.

Por fim, questionado se apontaria algum destaque individual na competição, o treinador fez ponderações sobre a demonstração de força coletiva, mas não deixou de fazer menções.

“Os únicos destaques a fazer, de facto, são para as mais jovens e tivemos sete estreias na Seleção A. Sete! É muita gente jovem. Algumas delas ainda têm parte substancial do seu percurso a cumprir nas seleções mais jovens de Portugal. Por exemplo, a Luciana, a Cármen e a Matilde que estiveram em muito bom plano e a Cármen e a Luciana foram as nossas laterais direita e esquerda, respetivamente, mais utilizadas nos jogos. São miúdas, uma com 17, outra com 16, vai fazer 17 agora no final deste mês, e a Matilde vão agora ter a possibilidade de tirar proveito desta experiência, no próximo Campeonato do Mundo, que vai ser disputado em agosto, pelas sub-18, que é a seleção delas. Portanto, isto é não só um investimento na equipa A, mas também nestas jovens e também nas seleções mais jovens que agora podem tirar alguma vantagem desta experiência que elas agora acumularam”, explicou.

No calendário da Seleção Nacional, além da competição mundial para as atletas sub-18, está também a qualificação para o Mundial de 2023, que se irá disputar na Noruega, na Suécia e na Dinamarca. O sorteio ditou que Portugal vai defrontar o Azerbaijão, nesta primeira fase de qualificação. Fase esta que é disputada em duas mãos, na primeira semana de novembro. A primeira mão irá jogar-se a 2/3 de novembro e a segunda, a 5/6 do mesmo mês.

Foto: Federação de Andebol de Portugal

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