No início de fevereiro a Comissão de Atletas Olímpicos (CAO) lançou um Programa de Mentoria para jovens atletas. Através desta iniciativa, os atletas poderão contar com o aconselhamento de um atleta olímpico.
Catarina Costa, judoca olímpica portuguesa, é uma das atletas envolvidas no Programa de Mentoria lançado pela Comissão de Atletas Olímpicos e em entrevista à SportMagazine explicou que «há muitos desafios numa carreira de atleta de alta competição», mencionando também que o «o programa é uma excelente iniciativa e seguir o percurso de um jovem atleta ao mesmo tempo que o ajudo a ser melhor será gratificante»
Com o Programa de Mentoria para jovens atletas, a Comissão de Atletas Olímpicos permite que jovens atletas obtenham conselhos com mais experiência. Enquanto atleta que passou pelos Jogos Olímpicos, quais são os maiores desafios que enfrentou enquanto judoca? Que conselho daria aos jovens que ambicionam chegar aos Jogos Olímpicos?
Há muitos desafios numa carreira de atleta de alta competição, desde a pressão de bom desempenho em competição à gestão de uma carreira dual etc. O meu maior conselho aos jovens que ambicionam um dia estar nos Jogos Olímpicos é encontrarem o seu equilíbrio e estabelecer as suas prioridades desde cedo. Dar prioridade ao treino, descanso, recuperação e à sua evolução enquanto atleta. A par disso conseguir equilibrar a parte académica, pessoal e familiar pois acaba por ser uma parte também importante para o seu desenvolvimento futuro.
O que a fez querer juntar-se a este programa?
A minha experiência, o meu percurso até aqui já teve alguns percalços e aprendi bastante com isso, portanto gostava de poder passar parte do meu conhecimento aos mais novos. Além disso, acho o programa uma excelente iniciativa e seguir o percurso de um jovem atleta ao mesmo tempo que o ajudo a ser melhor será gratificante.
Considera que este programa pode beneficiar o futuro do desporto em Portugal? Que mudanças poderá provocar no setor?
Penso que sim, temos muitos atletas já experientes que podem ajudar diretamente as gerações mais novas e passar-lhes muito conhecimento útil. Hoje em dia nem sempre é fácil ter acesso à informação correta, há muita coisa dispersa e torna-se difícil saber qual a decisão acertada. Se tivermos os melhores a ajudar os melhores só trará benefícios e a longo prazo vamos certamente assistir a uma geração de excelentes atletas potenciados ao máximo.