Ana Rita Teixeira, ginasta da variante acrobática, tem 17 anos e é já um dos grandes nomes mundiais da modalidade. A jovem atleta do Acro Clube da Maia já venceu diversas medalhas, incluindo de ouro no Campeonato do Mundo, no ano passado (no seu primeiro mundial) e este ano, além de Europeus. Contudo não pretende ficar por aqui.
Ana Rita falou com a SportMagazine sobre a sua carreira. Uma das principais ginastas do país na modalidade, ela brilhou nos Campeonatos do Mundo de Ginástica Acrobática, disputados em março, em Baku, no Azerbaijão. Ao lado de Rita Ferreira, a dupla conquistou três medalhas de ouro na competição, nos exercícios de equilíbrio, de combinado e no dinâmico. Elas estiveram no topo do pódio em todas as provas nas quais participaram.
“Sempre senti que estive no auge da minha carreira, sempre fiz o melhor que consegui. Achei sempre que estivemos no topo. A nível de próximas competições e o que pudemos alcançar, temos agora os World Games, em julho, e espero alcançar o melhor que eu conseguir. O objetivo é a medalha de ouro”, disse a ginasta.
Ana Rita estará com a equipa nacional a representar Portugal nos World Games 2022, entre os dias 7 e 17 de julho, a ser realizados em Birmingham, nos Estados Unidos.
Em maio passado, na 10.ª Edição da Taça do Mundo de Ginástica Acrobática, Portugal encerrou a participação com um pódio, novamente com o Par Feminino composto pelas ginastas Rita Teixeira e Rita Ferreira que alcançaram a medalha de prata com o exercício combinado.
Sempre a disputar as mais altas posições, Ana Rita Teixeira deixa o seu agrado com o seu treinador, Lourenço França, afirmando que este estuda imenso para preparar as atletas e que é ele quem planeia todos os treinos e as prepara para o sucesso. “Eu devo tudo a ele. É o Lourenço que faz todo o planeamento, todas as fases que temos. Ele é super importante e tem estudado muito para fazer tudo o que faz e colaborar com a nossa evolução”, afirmou.
Contudo, a ginasta portuguesa sente o facto de a modalidade não ser olímpica, prejudica o seu percurso, e explica porquê:
“Acho que prejudica porque não podemos viver do desporto. Ginastas de artística, por exemplo, conseguem fazer isso, porque têm mais apoios e acho que o facto de não ser olímpica tem a ver com a divulgação, não é muito divulgada, e pela prática do desporto noutros países, não é tão abrangente”.
Com apenas 17 anos, Ana Rita está no 12º ano e quer estudar arquitetura na faculdade. Contudo, conciliar as aulas com a ginástica não é tarefa fácil para a jovem atleta. “Em altura de aulas vou para as aulas. Tento nunca faltar. Depois das aulas eu vou treinar à tarde. Treino normalmente a tarde toda, das 16h00 às 21h00. E às terças e sextas-feiras treinamos antes de ir para as aulas também, às 6h30 da manhã até às 8h00”, afirmou.
Em alturas de competições a atleta confirma dar maior atenção ao desporto. O mesmo acontece no sentido oposto. Em tempos de avaliações, acaba por priorizar a escola.
“Tento sempre priorizar os treinos e tento sempre não faltar às aulas, o que é difícil, às vezes, quando queremos fazer treino bidiário, acabo sempre por faltar ali a alturas que não sejam tão importantes sem ser época de testes. Quando é ao contrário, priorizar a escola, às vezes chego um bocado mais tarde ao treino, em alturas de testes, para estudar. Tenho de ter o horário com as horas marcadinhas para não me perder”, contou Ana Rita Teixeira.
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