Não é de hoje que João Geraldo se tem vindo a mostrar um dos mesatenistas mais regulares de Portugal. A viver o melhor momento da carreira, o atleta de 26 anos voltou a realizar uma grande prestação, desta vez nos Jogos do Mediterrâneo. Com uma participação histórica, conquistou esta semana duas medalhas na competição: uma de prata, por equipa, e uma de bronze, em singulares.
Após a prata ao lado de João Monteiro e Diogo Chen dois dias antes, João Geraldo conquistou a medalha de bronze esta quinta-feira, ao derrotar em pouco mais de 30 minutos de jogo o italiano Niagol Stoyanov (116.º) por 4-0 (11-9, 11-3, 11-3, 11-7). Antes, nas meias-finais, João Geraldo, treinado por Ricardo Oliveira, havia perdido com o espanhol Alvaro Robles (61.º), que conquistou o ouro. Nos quartos de final, superou o grego Ioannis Sgouropoulos (175.º). Em entrevista à SportMagazine, o mesatenista transmontano, natural de Mirandela, avaliou a dupla conquista na competição.
“É óbvio que tendo em conta o nível da competição, sempre acreditei que poderia ganhar. Mas depois de tudo o que passamos pela prova de equipas, depois toda a fase de qualificação até os quartos de final, e mesmo os próprios quartos de final, sabia que qualquer jogador poderia ganhar e que o nível era muito equilibrado. Por isso, estou satisfeitíssimo com a medalha de bronze e depois de perder na meia-final sabia que ainda teria a disputa do bronze. Era um jogo muito difícil depois de uma derrota, sabia que deveria manter o foco e que não havia acabado a competição”, detalhou o atleta.
Aos 26 anos, João Geraldo vem desde o ano passado a repetir apresentações de alto nível conciliadas a bons resultados. Em 2021, conquistou o campeonato francês pelo Loups d´Angers, a equipa que representa desde 2018. Além disso, foi também campeão nacional individual em Portugal.
Nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, acabou por ser ficar como suplente da equipa formada por João Monteiro, Marcos Freitas e Tiago Apolónia. João Geraldo não esconde o sonho de ir além em Paris 2024. Este ano, teve uma memorável prestação no Smash de Singapura quando eliminou o brasileiro Hugo Calderano, o número 4 do mundo (na altura, o número 3), e apresentou ao universo do ténis de mesa as qualidades que o credenciam a se tornar um adversário duro de ser superado.
“Estou em plena evolução. Os meus resultados têm sido bastante consistentes e isso foi muito importante na minha carreira porque desde mais jovem que conseguia de vez em quando ter bons resultados, mas faltava-me consistência. E, agora, para além da consistência, os resultados são ainda melhores do que eu conseguia e vê-se isso também na evolução do ranking mundial e nos resultados internacionais”, destacou João Geraldo.
O mesatenista número 2 de Portugal tem ganho (atrás de Marcos Freitas, 33.º), gradual e constantemente, novas posições no ranking da International Table Tennis Federation (ITTF). Atualmente, já é o número 42 do mundo. E não quer parar por aí.
“Os próximos passos é tentar avançar um bocadinho mais do que uma ronda do que as que eu tenho conseguido alcançar. E, em termos de ranking, a próxima barreira a atingir é a do top-30. É nisso que estou concentrado e é esse o meu próximo objetivo”, garantiu.
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