O Pavilhão Multiusos de Guimarães foi palco, este sábado, do “II Fórum de Futsal Feminino – O Desenvolvimento do Atleta a Longo Prazo”, onde também foi apresentado o livro “Futsal Feminino – Perspetivas de treinadores, dirigentes e atletas”, livro da Sportbook.
Num dos painéis, com o tema “Contributos da Investigação”, que foi moderado por Joana Correia, do Instituto Politécnico do Porto, participaram Bruno Travassos (Universidade da Beira Interior), Fernando Santos (Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto), Gareth Jones (Temple university, Estados Unidos da América) e Keith Davids (Universidade de Sheffield Hallam, Inglaterra).
Fernando Santos revelou que o fórum, com periodicidade anual, iria viajar “por várias regiões do país”. “É sempre bom parar para pensar. E queremos pensar diferente para poder fazer diferente”, salientando a necessidade de ser criado “tempo” para as meninas jogarem futsal e que todos invistam “no processo”, colocando, assim, os resultados para “segundo plano”.
Gareth Jones, que agradeceu o convite para estar num fórum “tão importante”, relatou que, os EUA, as meninas, aos 14 anos, têm uma taxa de desistência no desporto que é “o dobro dos meninos”, acrescentando que esses números, no que diz respeito ao sexo feminino, baixam “drasticamente” quando estão mulheres a treinar.
Bruno Travassos, que participou via skype no fórum, começou por dizer que Keith Davids é “uma referência para ele”, salientando a necessidade de ser mudada a “mentalidade”.
“Precisamos, depois, de melhorar as infraestruturas e, claro, mais pessoas na estrutura. Finalmente, é preciso que as meninas comecem a praticar futsal mais cedo”, disse.
“E, claro, precisamos de melhores treinadores e estes têm de aprender mais sobre as mulheres e perceber como as envolver e motivar mais”, finalizou.
*por Pedro Silva*