O 10º Congresso de Treinadores de Língua Portuguesa deu início na manhã deste sábado, na Cidade Europeia do Desporto, Viana do Castelo. A cerimónia de abertura contou com algumas palavras por parte de Pedro Sequeira, presidente da Confederação de Treinadores de Portugal, de Nuno Santos, presidente da Aces Portugal, e de Luís Nobre, presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo.
De destacar ainda um breve vídeo enviado por parte de João Paulo Correia, secretário de estado da Juventude e do Desporto, deixando uma mensagem neste evento. “Muito do prestígio que o desporto português alcança além-fronteiras deve-se aos treinadores portugueses”, realçou.
De seguida, foi realizada uma homenagem a Jorge Braz, atual selecionador nacional de futsal – bicampeão europeu, campeão mundial e intercontinental. O treinador foi distinguido no 10º Congresso de Treinadores, evento onde também foi preletor durante a manhã, através do tema “A Comunicação e Liderança do Treinador”. Após os agradecimentos, o técnico português inicia o seu painel, o primeiro deste congresso.
“O que é ser treinador? No fundo, como é que nos enquadramos neste processo? (…) O que é que é mais importante [entre treino, liderança e jogo]? O que é que fazem os melhores?”, foram algumas das questões colocadas por Jorge Braz, segundo o próprio, durante o seu percurso desportivo.
“Nós queremos transformar comportamentos em hábitos. Esses hábitos dependem muito de relações. Mesmo as modalidades individuais têm a relação treinador-atleta. Nós não existimos sozinhos e [existimos] dentro de cada contexto, que são diferentes. É completamente diferente uma qualificação de uma meia-final do campeonato do mundo (…) Mas que hábitos há dentro de cada contexto?”, destacou o selecionador nacional.
Jorge Braz afirma ainda que a confiança e essa relação é que irá dar um “upgrade” às equipas, não estabelecendo métodos de forma obrigatória. “Mais importante do que saber é saber encontrar quem saiba”, refletiu o treinador. O selecionador nacional finalizou destacando o erro. O mesmo afirma que errar é algo completamente normal dentro do desporto e que age com naturalidade perante o mesmo. “As mesmas coisas não vão dar resultados diferentes”, realçou.