A portuguesa Vanessa Marina conquistou a medalha de bronze, este domingo, no Campeonato da Europa de Breaking, que decorreu em Manchester, Inglaterra. Recorde-se que o breaking passa a ser uma das novas modalidades olímpicas para os Jogos Olímpicos de Paris 2024.
A atleta falou com a SportMagazine acerca da competição, da modalidade e dos seus objetivos futuros. A bgirl afirma nunca ter pensado numa medalha. No Mundial, Vanessa Marina atingiu o 18.º posto, e diz que “o nível é tão alto que só queria garantir o meu lugar no top-16 para o Europeu”.
“Felizmente tive um bom resultado nas qualificações o que facilitou o percurso ate ao top-8, penso que o facto de estar confortável com o resultado ajudou-me a ficar mais leve e a dançar melhor, sem pressão. Mas quando tive que disputar pelo terceiro lugar pensei, ‘não fizeste isto tudo, já para perder aqui’ então dei o último push. O que resultou na medalha”, disse.
No que toca à preparação para esta competição, a atleta diz ter sido “feita o ano todo. Foi um ajuntamento de treinos e outras competições que me ajudou a ficar preparada para esta competição. Não é uma ou duas semanas antes que se prepara. Aliás, até a semana antes desta competição decidi não treinar mais, mas sim treinar o psicológico, porque estou esgotada fisicamente”, contou.
O interesse pela modalidade, por parte da bgirl Vanessa Marina, começou em 2006 “quando os videoclips de Justin Timberlake, Destiny Child, saíram”. Após este interesse, a atleta, natural de Leiria, mudou-se para Lisboa para estudar na Escola Superior de Dança e, a partir daí, como a própria diz, “foi indo por aí, não larguei mais o Break, até que me mudei para Londres e dediquei-me muito mais”.
No que à modalidade de breaking diz respeito, Vanessa Marina afirma haver muitos mais eventos e trabalhos que antigamente. Contudo, afirma que ainda existe um estigma à volta da dança de rua, sendo “associado a algo delinquente e sem futuro o que não é verdade, porque o Break surgiu principalmente como caminho para evitar e tirar jovens da rua”, diz. O facto da modalidade ser olímpica relativamente à pouco tempo, reduziu esse estigma “porque como podemos ver não há nada de delinquente em ganhar uma medalha”.
“O facto de haver mais trabalhos sociais e importante dar a conhecer aos pais uma forma diference de dança e cativar a juventude acho que e o ponto chave em Portugal”, realçou.
Vanessa Marina indica como principal objetivo angariar pontos para ter lugar nos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024, deixando ainda a mensagem de que o ano que vem “é o ano decisivo”.