A seleção Angola de futebol falhou o apuramento para a terceira fase de qualificação africana para o Mundial 2022. A viver um mal momento, sobretudo administrativo, com salários atrasados por sete meses, foi notícia nas últimas semanas a possibilidade de o treinador português Pedro Gonçalves deixar o comando da equipa. Situação esta agora descartada pelo presidente da Federação Angolana de Futebol (FAF), Artur Almeida e Silva, e pelo próprio selecionador.
“A continuidade do técnico é um facto. O projeto que temos é de uma seleção para o futuro e o treinador é o Pedro Gonçalves. Neste momento, estamos a acertar os aspetos contratuais e, em janeiro, vamos confirmá-lo. Será um contrato por objetivos. Neste momento, temos vários jogadores catalogados a nível nacional e internacional” disse Almeida e Silva em conferência de imprensa, em Luanda.
Angola terminou o apuramento em quarto lugar do Grupo F, com cinco pontos, menos nove do que o Egito, comandado pelo também português Carlos Queiroz.
O treinador português de 45 anos chegou a Angola em 2015. Antes, esteve por 16 anos na formação do Sporting. No país africado, começou a trabalhar também na formação, desta vez do 1.º de Agosto, uma das principais equipas do país. Em 2018, acabou recrutado pela FAF, onde passou nos sub-17, sub-20 e sub-23 até chegar à seleção principal, onde chegou a qualificar os Palancas Negras. “O que pensamos é um processo e o que ambicionamos é potenciar os valores que Angola possui”, afirmou Pedro Gonçalves.