O selecionador nacional de andebol, Paulo Jorge Pereira, foi um dos preletores do 11º Congresso de Treinadores de Língua Portuguesa, organizado pela Confederação de Treinadores de Portugal, em, Viseu. O técnico, antigo aluno da Universidade do Porto, palestrou no segundo painel – António Vasconcelos Raposo -, moderado por Vasco Vaz, selecionador nacional dos sub-19 de hóquei em patins, tendo a sua “aula” sido centrada no tema “Comunicação dentro de fora do terreno de jogo”.
Apaixonado pela modalidade, Paulo Jorge Pereira nasceu para o desporto no Clube Desportivo de Portugal e, depois de vencer alguns títulos no FC Porto e de ter passado um ano no estrangeiro, chegou à seleção nacional para… fazer história.
Perante uma sala cheia, que contou com a presença, entre outros, do Secretário de Estado do Desporto, Pedro Dias, Paulo Pereira diz que só sente realizado quando se sente “orgulhoso”.
Uma das palavras que mais usou foi “ambição”, estado que define uma forma de estar que permite a qualquer equipa ficar mais perto do sucesso. “Tentar, temos de tentar. Vamos tratar de fazer. Podemos não conseguir, mas temos de tentar”, destacou, contando, entre muitos outros episódios, um sucedido na partida com a Islândia, na Suécia, com dois mil islandeses e… 10 portugueses nas bancadas. “Ambição de vencer, sempre”, mesmo em situações adversas. E Portugal venceu.
Foto: Viseu Cidade Europeia do Desporto – 2024
“Fazer o que nunca foi feito”, este foi o mote de Paulo Pereira para uma campanha europeia da seleção nacional. O título é de uma letra de Pedro Abrunhosa que, dias depois, “abraçou” a ideia, projetando, ainda mais, o impacto da seleção portuguesa.
“É espetacular quando temos objetivos muito acima de nós” e “as causas do que fazemos estão bem acima de nós próprios”, estas foram algumas das frases transmitidas, por mensagem via WhatsApp, no grupo criado pelo próprio em cada jornada.
Depois, Paulo Pereira versou sobre a “criatividade” que permite aos jogadores, embora isso possa, em determinadas alturas, trazer dissabores. “O bom erro é permitido. Quem tem medo de ganhar não pode ser criativo”, vincou, revelando que o humor “ocupa um espaço determinante” e é fundamental para alcançar o sucesso ou estar “mais próximo de vencer”.
“Nós estamos sempre a rir uns com os outros”, sublinhou, destacando as enormes diferenças entre os atletas. “Como os trato? Fácil: igualdade é tratá-los de forma diferente”, enfatizou, acrescentando que a comunicação é “fundamental para evitar e resolver conflitos”.
Por: Pedro Silva
Fotos: Viseu Cidade Europeia do Desporto – 2024 e Treinadores de Portugal
