Numa época em que apresentou grande evolução técnica e passou a frequentar com maior intensidade as convocatórias para a Seleção Nacional sénior e disputar competições internacionais, a mesatenista Matilde Pinto, que conquistou em maio o título nacional de sub-19 femininos no ano de estreia no escalão de juniores, avaliou o ano de 2022 como o melhor da sua carreira.
A atleta participou recentemente de competições importantes, como o Mundial de Jovens – apenas para os 30 melhores do ranking mundial -, além de ter sido convocada para a Equipa Nacional que garantiu o apuramento para o Europeu de sénior. Em conversa com a SportMagazine, a atleta do CTM Mirandela fez uma autoavaliação de 2022.
“Este ano para mim foi, se calhar, o melhor que eu tive a nível de carreira de ténis de mesa. Consegui ser campeão nacional do meu próprio escalão [sub-19], em seniores consegui o terceiro lugar nacional. A nível de provas internacionais consegui fazer muitos bons resultados. Pode ainda não se notar tanto, por não ser um pódio ou assim, mas se formos a ver a nível de comparação com o ano passado consegui equilibrar os jogos com atletas que jogam melhor que eu e que conseguem ter melhores resultados e acho que é isso, este ano foram só coisas positivas”, destacou,
Para 2023, a jovem mesatenista de 16 anos quer manter o ritmo de crescimento pessoal. “Espero conseguir evoluir, já consegui evoluir mas dá sempre para evoluir mais. Poder representar novamente a seleção de séniores é um objetivo, que eu espero que se concretize, e poder também continuar a representar os sub-19, como é claro. Gostaria muito de conseguir uma medalha no Europeu [sub-19], é difícil mas vou dar o meu melhor para tal”, disse.
Assim como Inês Matos, um dos destaques da nova geração feminina, Matilde Pinto passou a viver há dois anos no Centro de Alto Rendimento, em Vila Nova de Gaia. No 11.º ano, ela passou a se sentir mais confortável com a rotina de treinos conciliado à escola. “Foi muito importante. Eu não sou de cá e, na minha outra cidade eu tinha os horários muito apertados com a escola, conseguia só treinar uma vez por dia e não tinha o treino tão focado em mim. Como era um clube grande era tudo mais no geral e desde que vim para aqui tenho um horário mais personalizado para mim, o horário é adequado ao meu treino”, comemorou.
Treinada na Seleção Nacional e no seu clube por Xie Juan, Matilde Pinto destaca também que o convívio com atletas de grande experiência tem-lhe proporcionado bons exemplos para evoluir.
“Conviver com Shao Jieni e Fu Yu, por exemplo, é sempre uma aprendizagem porque elas já têm uma grande experiência. São como uma referência para nós, para tentarmos evoluir e chegarmos ao lugar delas, que é representar Portugal num nível sénior e poder ter experienciado isso este ano foi uma das melhores coisas para o meu ténis de mesa evoluir”, pontuou.
Matilde Pinto ocupa atualmente a posição número 47, em sub-19 feminino, de acordo com o último ranking da Federação Internacional de Ténis de Mesa, atualizado a 13 de dezembro. A melhor portuguesa é Inês Matos, 18 anos, no 38.º posto.