O Ética Summit deu início ao seu último dia, este domingo, com a quinta conferência do evento, cujo tema é ‘Governação’. Jorge Carvalho, Membro da CE do ES2023; Bernardino Seixas, coordenador para a área internacional do CP Angolano; Leonardo Cunha, diretor executivo ACOLOP; Nadyesda Guimarães, diretora executiva do Comité Olímpico de São Tomé e Príncipe; e Eugénio de Oliveira Lopes, Secretário-Geral do Comité Olímpico da Guiné-Bissau.
Leonardo Cunha inicia a sua intervenção afirmando que “falhar o planeamento é planear para falhar”. O mesmo partilhou uma metodologia da ACOLOP, realçando a importância de comunicar em grupo. Com esta comunicação, consegue-se “reforçar a identidade cultural da organização”.
“Falar de governação é falar da autonomia dos movimentos desportivos”, defendeu, de seguida, Eugénio Lopes.
“Dentro de uma federação, vemos como as decisões são tomadas – por uma pessoa ou um conjunto de pessoas. No entanto, ainda no nosso contexto [africano], encontram-se as instituições desportivas ainda na urgência de uma visão, de uma missão. Continuamos a estar na urgência de uma governação”, realçou.
A diretora executiva do Comité Olímpico de São Tomé e Príncipe defende um maior apoio para o desporto. “Deixar os jovens acreditar cada vez mais no desporto”, foi a mensagem deixada por Nadyesda Guimarães.
“A boa governação tem de ter princípios éticos para que a nossa organização conseguir atingir os objetivos”, disse Leonardo Cunha num momento de debate. O mesmo defende que, por muito que todos os setores de uma determinada organização funcione de forma competente, se a ética e a moral não existirem ou não forem trabalhadas, é complicado a mesma conseguir sobreviver durante muito tempo.
“O unilateralismo não leva a lado nenhum. Temos de estar com as portas abertas e comunicar os nossos processos. E esta interação é que leva ao progresso (…) Essa cooperação tem de ser o mais abrangente possível (…) Ao cooperarmos entre nós, temos muito mais riqueza”, afirmou Dino Seixas, que defende uma governação de cooperação.
Posto isto, após o fim desta conferência, seguem-se inúmeros painéis ligados à violência no desporto. A conferência ‘O desporto e a violência’, a mesa redonda ‘A cobertura jornalística da violência no desporto: atualidade e/ou construção da realidade?’ e, por fim, dois workshops, o ‘Políticas e práticas de prevenção e combate à violência no desporto’ e o ‘Racismo e xenofobia no desporto: antigas violências, novas sensibilidades?’