Lisboa – O Congresso da Vela 2022 deu início este sábado, pelas 9h30, na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa. Este evento conta com a presença de Mário Quina, presidente da Federação Portuguesa de Vela (FPV); José Maria Costa, secretário de Estado do Mar; Vítor Pataco, presidente do IPDJ; José Manuel Constantino, presidente do Comité Olímpico de Portugal; além de nomes como os antigos olímpicos João Rodrigues e Hugo Rocha.
O Congresso começou com uma breve introdução de Mário Quina. O presidente da FPV deu o mote com a primeira palestra, denominada ‘A vela em Portugal: disgnóstico e planos’. Mário Quina aponta alguns defeitos da modalidade que pretende mudar. Entre os quais está a comunicação da federação. cujo presidente afirma ter de haver “comunicação interna, mas nomeadamente externa”.
“Definimos um plano chamado Marca Vela e que permitirá organizar um território de comunicação, em que a sociedade se reveja, as entidades se revejam, e se queiram associar”, afirmou.
Destacou ainda a rotina e os apoios dados aos atletas da modalidade. “Já nada distingue a vela de qualquer outro desporto”, disse. O presidente da FPV reconhece, no entanto, que ainda existem muitas fragilidades que deixam a vela para trás, entre as quais, as infraestruturas algumas delas degradadas, o enquadramento dos promotores informais, o desporto escolar, a disponibilização de material, ou seja, “acima de tudo, é necessário financiamento”, afirmou Mário Quina.
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, não marcou presença como previsto. Com isto, José Maria Costa, secretário de Estado do Mar deu a sua palestra, abordando vários fatores e ações para o desenvolvimento das autarquias e um maior investimento e, “acima de tudo, colocar ao serviço da sociedade, o que se está a fazer de melhor”, destacando a sustentabilidade (turismo sustentável) e tecnologias de inovação.
De seguida, Tomás Froes, da MSTF Partners, ligado ao surf, falou perante o público no Congresso de Vela sob o tema “A vela como território de comunicação: o caso do surf”, dando o exemplo do surf enquanto modalidade em crescimento e criou a sua própria identidade, para que a vela possa fazer o mesmo.
“Houve um longo caminho percorrido no surf [em Portugal]. Para se criar uma marca é preciso propósito, conteúdo e o terceiro visibilidade/dinheiro. Se olharmos para trás vimos que as marcas de surf fizeram sucesso, mas as marcas não endémicas vieram dar a projeção à marca surf – Mercedes, EDP. Se calhar temos de olhar para as marcas que olham para a vela e que percebem o seu propósito”, afirmou.
Tomás Froes mostrou, como forma de exemplo, diversos vídeos para se perceber os “vários canais de entrada” feitos pelo surf para o aumento da visibilidade e da marca. Afirma ainda que a modalidade da vela tem uma potencialidade enorme. No entanto, precisa de marcas que se revejam e eventos como o Congresso da Vela, “mas que tenham consequência”.