Campeão europeu e mundial em título, Portugal terá pela frente um adversário dos mais tradicionais do futsal mundial. A Espanha é recordista de troféus continentais, com sete conquistas em 11 edições. As duas seleções disputam uma posição na final do Campeonato da Europa 2022 às 19h00 desta sexta-feira, no Ziggo Dome, em Amesterdão.
O histórico é desfavorável para Portugal, que regista apenas três triunfos em 32 partidas diante da formação espanhola. Por outro lado, não resta dúvida que a Equipa das Quinas vive o seu melhor momento histórico. Ressalte-se que, se foram poucas, as últimas vitórias lusas diante da Espanha surgiram nos dois últimos confrontos: final do Euro 2018 (3-2, no tempo extra) e nos quartos de final do Mundial no ano passado (4-2, também no tempo extra).
“Agora é (um jogo sem favoritos). Nos últimos anos já tem sido um jogo em que é difícil dizer quem é o favorito, ou quem está melhor ligeiramente. Nesta fase, acho que é muito difícil dizermos que nós estamos melhor que os espanhóis ou que os espanhóis estão melhor que nós. São duas grandes seleções mundiais e que vão querer, durante o jogo, ser melhores que a outra. Nós tudo faremos para sermos melhores em muitos momentos, sabendo que haverá momentos em que a Espanha também terá alguma supremacia. Como vamos viver essa sequência e essa história do jogo é que vai ser extremamente importante”, analisou o selecionador nacional Jorge Braz.
Portugal chega à meia-final com quarta vitórias em quatro jogos. Terminou a primeira fase na liderança do Grupo A ao vencer a Sérvia (4-2), os Países Baixos (4-1) e a Ucrânia (1-0). Nos quartos, venceu a Finlândia (3-2). Apesar dos triunfos, Braz não considera que a equipa ainda não está no seu auge.
“Estamos já num ponto bem acima, mas ainda não conseguimos ver o topo da montanha. Para conseguir, pelo menos, visualizar o topo da montanha temos agora um jogo extremamente difícil, competitivo para ultrapassar esta etapa para lá chegarmos. Estamos altamente focados no que temos de fazer para passar agora mais esta etapa para, então sim, conseguirmos, pelo menos, ver o topo da montanha”, disse.
A Espanha, por sua vez, surge nas meias-finais como a equipa mais concretizadora (20 golos) e a segunda menos batida da competição (quatro tentos sofridos). A equipa campeã em 1996, 2001, 2005, 2007, 2010, 2012 e 2016 é alvo de máximo respeito pelos portugueses.
“Tiveram aquele empate (2-2, com o Azerbaijão) e depois foram resolvendo os jogos com alguma facilidade. Amanhã não será assim, certamente. Será um jogo difícil para a Espanha, difícil para nós… temos de nos preocupar muito connosco. Conhecemos muito bem a Espanha, mas vamos focar-nos muito no nosso processo”, pontuou Braz.