O presidente da Federação Portuguesa de Surf (FPS), João Manuel de Carvalho Jardim Aranha, acredita que o surf, que está em voga, é “mais do que uma moda”, realçando que a modalidade faz parte do “tecido desportivo e económico do país”.
Em conversa com a SportMagazine, o responsável máximo da FPS destaca, ainda, a “grande procura dos nossos desportos, principalmente do surf”.
SportMagazine (SM) – Portugal é um país que, definitivamente, está na moda no que diz respeito aos desportos de água. A que se deve este “boom”?
João Aranha (JA) – Mais do que uma moda, o Surfing em Portugal faz parte do tecido desportivo e económico do país. Isto deve-se às condições de excelência para estas modalidades, nomeadamente uma costa grande e diversa relativamente à nossa área geográfica total, ao facto de termos uma população muito centrada no litoral, e nas várias vagas de interesse que, historicamente, verificámos no país em relação ao Surfing. Isto deixou várias bolsas de cultura de surf espalhadas por vários pontos estratégicos do país e que serviram de base para uma expansão internacional do Surfing nacional. Eventos como o Mundial de Surf de Peniche ou fenómenos como a descoberta e exploração das ondas gigantes da Nazaré têm de ser vistos sob esta luz.
Aposta muito forte na formação e investimento na alta competição
SM – Em termos de atletas, tem-se registado um incremento enorme na procura do surf e outros desporto. O que espera para os anos vindouros?
JA – Temos uma grande procura dos nossos desportos, principalmente do surf. Talvez já tenhamos alcançado o pico, mas esperamos agora uma consolidação do fenómeno. Ou seja, estamos muito otimistas relativamente ao futuro mas conscientes de que não podemos facilitar na formação e no critério da mesma, além do investimento na alta competição que é, ao fim ao cabo, o pico da pirâmide mas também a montra destas modalidades.
*por Pedro Silva*