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Paulo Fidalgo, treinador adjunto da Seleção de Andebol, analisa o Mundial: “Queremos conquistar a primeira fase, depois…”

Paulo Fidalgo, treinador adjunto da Seleção Nacional de Andebol. Foto: FAP

A Seleção Nacional de Andebol masculina começa a participação no IHF World Championship 2023 no próximo dia 11 de janeiro – competição esta que se disputa na Polónia e na Suécia. Portugal encontra-se no Grupo D, onde vai defrontar, exatamente por esta ordem, a Islândia, a Coreia do Sul e a Hungria. No entanto, os Heróis do Mar contam ainda com a presença num torneio de preparação, na Noruega, entre esta quarta-feira e domingo.

A SportMagazine conversou com Paulo Fidalgo, treinador adjunto da Seleção Nacional, que afirma que a preparação está a correr bem e “dentro do planeado”. Paulo Fidalgo descreve ambas as fases da preparação que realizado ao lado do selecionador Paulo Pereira.

“A preparação para a competição está a correr dentro do planeado. Tivemos uma primeira fase, entre o dia 26 e o dia 30 [de dezembro], onde se pretendia reagrupar novamente o grupo de trabalho, rever alguns conceitos táticos e já iniciar alguma análise para os primeiros jogos do Mundial, nomeadamente a Islândia e a Coreia [do Sul]. Além disso, aprimorar e equilibrar os conteúdos físicos do grupo. Como é sabido, este grupo tem estado envolvido em várias frentes, desde os seus campeonatos como as provas europeias, e é importante dar aqui uma carga física equilibrada, para podermos ter o grupo nesta segunda parte de forma mais preparada e contextualizada para aprimorar os recursos técnicos e táticos dos atletas”, disse.

Aquando abordada a segunda fase da preparação, Paulo Fidalgo explicou ainda a importância do torneio que decorre na Noruega, que irá servir também como um motor para uma maior competitividade e ritmo para todo o plantel da Seleção Nacional. O treinador adjunto português compara ainda o andebol norueguês ao da Islândia – adversário de Portugal no Mundial.

“De realçar que esta preparação tem muito que ver com aquilo que vamos ter no Mundial. Portanto, na primeira fase de grupos, uma equipa nórdica, a Noruega, que tem muitos contextos de jogo parecidos com a islandesa. Além do ponto de vista tático funcionar com algumas semelhanças, também o ponto de vista individual tem jogadores de elevado calibre que podem criar dificuldades. A Islândia também, como é sabido, tem uma primeira linha fortíssima. Dois dos atletas jogam no Melsungen, que é o campeão alemão. Portanto a Noruega vai nesse contexto. Depois temos o Brasil e os Estados Unidos que dão um pouco o contexto do andebol fora da Europa, não sendo muito parecido com a equipa da Coreia do Sul, é, de facto, um andebol fora do continente europeu que nos permite ter outras experiências e outra riqueza depois para abordar os coreanos também”, afirmou.

De relembrar que, dentro daqueles que são os adversários de Portugal no Mundial, os Heróis do Mar contam com duas vitórias e três derrotas frente à Islândia nos últimos três anos e com uma vitória e uma derrota diante da Hungria nos últimos dois anos. Paulo Fidalgo destacou que “defrontar a Islândia, neste momento, é defrontar das melhores equipas do mundo”, devido ao seu poderio ofensivo e físico.

Para além do contexto europeu, Portugal defronta a Coreia do Sul que, segundo Paulo Fidalgo, é um tipo de seleção que se apresenta sempre de forma diferente do panorama europeu.  “Não sofrem tanto da rotina competitiva que retira tempo de trabalho das seleções, existe um trabalho mais alargado, com muitos dias de treino em conjunto e com rotinas muito bem assimiladas. Depois têm velocidade de execução, não tão físicos”.

No que à Hungria diz respeito, é uma seleção comandada por um treinador bem conhecido do andebol português. Chema Rodriguez, treinador espanhol do SL Benfica, é o selecionador nacional da Hungria, o que não é desconhecido para Paulo Fidalgo.

“Tem um dos melhores pivôs do mundo, jogam muito para ele, e a primeira linha procura muito ou o pivô, ou a finalização exterior, dos nove metros. É uma equipa com uma capacidade física mais abrangente comparativamente à Coreia, por exemplo, tem mais altura e muito mais peso”, descreveu o técnico.

No que aos objetivos diz respeito, Paulo Fidalgo realça “um sentido de ambição muito bem direcionado na Seleção Nacional”. Apesar dos riscos que a equipa reconhece ao colocar objetivos altos e ambiciosos, o técnico pretende melhorar o 10.º lugar obtido no Egito, no último Campeonato do Mundo.

“Isso implica estar nos oito primeiros, o que implica estar nos quartos de final, o que implica ter uma boa primeira fase, no primeiro grupo, e depois iremos ter um segundo grupo que será, possivelmente Cabo Verde, Suécia e Brasil. Portanto, nós, passo a passo, queremos conquistar a primeira fase, depois do segundo grupo sabemos que vamos jogar com uma das anfitriãs, a Suécia, quase de certeza. O Brasil e Cabo Verde são adversários que sentimos que também podemos ter sucesso, portanto se conseguirmos ficar nos dois primeiros lugares do segundo grupo ficamos nos oito primeiros. E é isso que, de forma gradual, perspetivamos. Após isso iremos refletir e procurar novos desafios e novos objetivos”, disse.

Portugal estreia-se frente à Islândia no Mundial 2023, no dia 12 de janeiro, na Kristianstad Arena, na Suécia.

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