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Selecionador analisa cenário do hóquei em Portugal e chances de sucesso no Euro 2022

Marcos Ferreira orienta a seleção nacional. Foto: Federação Portuguesa de Hóquei

Portugal recebe entre os dias 14 e 16 o EuroHockey Indoor Championship II, que se realizará Pavilhão Multiusos de Paredes. A Seleção Nacional busca o desafio de conseguir à promoção à Divisão A. O arranque será diante da congénere da Eslováquia, às 12h15 desta sexta-feira. A tabela completa da competição pode aqui ser conferida.

Participam da competição, além de Portugal e Eslováquia, as seleções espanhola, ucraniana, polaca, croata e turca. A Itália, que participaria, abdicou da participação de última hora. As duas melhores classificadas alcançam a promoção à Divisão A. O evento terá entradas livres e também será transmitido em direto pela EHTV.

Foto: Federação Portuguesa de Hóquei

Marcos Ferreira, selecionador nacional, conversou com a SportMagazine. Na entrevista às vésperas da principal competição da temporada, o treinador analisou não apenas o Europeu, com os objetivos e os principais adversários da equipa portuguesa, mas também o momento atual e o desenvolvimento da modalidade em Portugal.

SportMagazine (SM): Qual a importância para o desenvolvimento do hóquei, para despertar maior interesse do público e formar novos atletas, poder receber o Campeonato Europeu?

Marcos Ferreira (MF): Este Europeu em Portugal nos tempos que correm será a única prova de seleções seniores masculinas que se irá realizar a nível mundial possivelmente. Com o cancelamento do Mundial e adiamento da Divisão. De qualquer forma, a prova em si nunca será um “boost” para o desenvolvimento do hóquei nacional devido ao panorama atual, apesar de não deixar de ser uma boa promoção se o mesmo tivesse uma maior divulgação através de canais que não os multimédias já estabelecidos e utilizados.

SM: O desenvolvimento de novos atletas no hóquei, seguramente passa por várias fases ao longo dos anos. Como Portugal tem trabalhado o futuro dessa modalidade? E quais seriam essas fases e como trabalhá-las para que o atleta se desenvolva da melhor maneira possível?

MF: Existe uma grande lacuna entre o panorama clube e seleção. Qualquer seleção e qualidade da mesma só sobrevive e pode ser potencializada através dos atletas e também do próprio campeonato interno. Temos a sorte de alguns elementos da Seleção estarem inseridos nos principais campeonatos europeus, casos do alemão, do holandês e do belga, mas mesmo assim devido a todas as condicionantes, não só de agora, mas do passado, os trabalhos das seleções não têm uma continuidade que deveriam ter. Até agora, as seleções têm vivido para o momento em que vão competir e não ser um trabalho contínuo. Esse é um paradigma a mudar e sei que a atual direção da FPH (Federação Portuguesa de Hóquei) está a tentar restabelecer os pilares para o futuro do hóquei nacional. Mas isto tudo passa pelos alicerces da formação para termos equipas a longo prazo.

SM: Especificamente sobre o momento atual da Seleção Nacional: como tem sido o desafio de lidar com os problemas impostos pela Covid-19? Houve algum caso na equipa?

MF: No geral tivemos até de alguma maneira gerido isso com bastante cuidado porque tomamos as medidas para que uma situação mais grave não sucedesse. Tivemos somente um jogador com Covid-19 (Ivo Moreira, do Delta Venlo, da Holanda), que não pôde estar presente no estágio final e devido a isso ficou de fora dos 12 finais.

SM: De que forma o senhor avalia a preparação da Seleção para o EuroHockey?

MF: A preparação foi a possível ser realizada, não só pela condicionante da Covid-19, mas também há sempre o aspeto financeiro. De qualquer modo, um campeonato em Portugal é sempre mais vantajoso de gerir. Temos a sorte de termos tido a abertura de Espanha para um estágio em Madrid e também jogos-treinos antes da competição, que seria mais difícil caso eles estivessem noutra divisão ou na variante outdoor. Visto estarmos aqui mais longe do centro europeu, faz com que não tenhamos geograficamente as oportunidades que outras eleições têm a nível de preparação. De qualquer maneira, o resultado é sempre positivo, cada vez que temos atletas que treinem com afinco e dedicação.

SM: Portugal terá pela frente seleções fortes e tradicionais na modalidade. Quais seriam os principais adversários de Portugal no Europeu e quais os caminhos que precisamos percorrer para vencê-los?

MF: A desistência à última hora da Itália faz com que o campeonato mude de uma fase de grupo a quatro e consequente grupo de subida e descida, para um torneio a sete, onde todos jogam contra todos. E isso acarreta jogar seis jogos em vez dos cinco previstos. A Espanha, que foi sempre uma equipa de divisão A e que regressou ao Indoor passados uns anos, bem como a Polónia são as principais candidatas, não só pelo historial bem como pela experiência e também nível de jogo.

SM: Por fim, qual o objetivo da Seleção neste Euro?
MF: Esta mudança do formato levou a que seja um torneio mais difícil, mas Portugal têm uma palavra a dizer. É claro que o formato de grupos era mais vantajoso, porque ambas as equipas estavam no grupo contrário, mas mesmo assim acho que nos preparamos e temos as condições para fazer um bom torneio e ambicionar estar no “top-3”. Entretanto, evidentemente que a ambição é estar nos dois primeiros e almejar a subida à Divisão A.

Foto: Federação Portuguesa de Hóquei

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