O 10º Congresso de Treinadores realizou-se este fim de semana no Centro Cultural de Viana do Castelo, Cidade Europeia do Desporto 2023. O primeiro diz ficou marcado por diversas palestras, podendo ter informação sobre as mesmas aqui. Neste segundo e último dia, o Congresso contou com mais três painéis.
Este domingo começou então com um painel, cujo tema foi “Ser Treinador”, moderado por Ana Rita Gomes, professora de educação física e treinadora de voleibol e padel, juntamente com dois preletores – Carlos Resende, treinador de andebol, e Alexandre Pinto, treinador de futsal. Os preletores começaram por descrever a sua história de vida desportiva, ou seja, como todo o seu caminho se iniciou no desporto. Após as experiências, vieram as competências.
“É complicado dizer que há uma receita para o sucesso”, realça Carlos Resende. No entanto, este destaca a comunicação como algo crucial para o mesmo.
“O treinador é alguém que tem de ser apaixonado e, diria, obcecado. É uma obsessão muito grande não só pela modalidade, mas pelo ensinar, transmitir isto e, claro, a competição (…) o treinador é talvez das profissões mais complexas do mundo”, disse Alexandre Pinto.
O segundo painel deste último dia do Congresso de Treinadores realizou-se sob o tema “Saúde Mental no Desporto”, com moderação de Ana Bispo Ramires (psicóloga desportiva) e com a participação de José Uva, professor e treinador (destaque para Patrícia Mamona, atleta do próprio), Jorge Braz, selecionador nacional de futsal e, por fim, Duarte Araújo, professor de perícia e psicologia do desporto, da FMH-UL.
“A necessidade da vida ser robusta e saudável é uma forma de se poder ir mais longe em momentos de instabilidade que a competição promove (…) A meu ver, a psicologia faz parte do treino, não pode ser à parte. Se for desenvolvido no dia a dia é possível ir-se para além disso com equipas multidisciplinares que acrescentam a este processo”, afirmou Duarte Araújo.
O terceiro e último painel, cujo tema foi “O Treinador Jovem”, com a moderação de Rui Resende, professor e treinador de voleibol, e contanto com os seguintes preletores: Fábio Pereira, treinador de natação, Nuno Pereira, treinador de voleibol, José Miguel Araújo, treinador de basquetebol, e Isabel Teixeira, treinadora de corfebol.
Bem como no primeiro painel, os preletores começaram por contar um pouco do início da sua história enquanto treinadores – caminhada esta que começou muito cedo, como indica o tema desta última intervenção do 10º Congresso de Treinadores de Língua Portuguesa.
“Eu no final de cada treino vejo onde estive bem, onde estive mal (…) a partilha de conhecimento entre os pares para mim foi fundamental”, afirmou Nuno Pereira.
O grande destaque dado pela maioria dos preletores para o sucesso de um treinador jovem – a partir das suas próprias experiências – foram os exemplos e as referências, nomeadamente os treinadores dos mesmos enquanto atletas.