Lisboa – A segunda parte da manhã no Congresso da Vela 2022, que decorre na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa, deu início com o tema ‘Construir sucesso desportivo internacional’, por parte de Vítor Pataco, presidente do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ).
O presidente do IPDJ aborda o tema do sucesso internacional, defendendo que “sem excelentes treinadores não é possível suportar o trajeto do praticante”. Vítor Pataco destaca diversas instituições ligadas ao desporto e que influenciam o percurso dos atletas. No que ao trajeto desportivo diz respeito, o presidente do IPDJ afirma que para as crianças o desporto é uma brincadeira, na juventude o desporto é uma decisão, ou seja, se se segue o desporto a 100% ou não e, por fim, em adulto, é uma altura de dedicação e profissionalismo.
“Há sempre uma relação muito próxima com a equipa técnica, com o treinador (…) esta associação às equipas técnicas e aos treinadores é absolutamente central. Folgo saber que a FPV toma este caminho e procura fazer para que a vela se torne acessível e que os atletas possam fazer esse caminho”, disse.
Vítor Pataco afirma que do início da carreira desportiva ao sucesso internacional, dentro já da fase da consagração, o que difere uma medalha de prata, bronze ou uma eliminação são precisamente “os detalhas do enquadramento, da preparação, que são imensos, e é isso que conta no final do dia para termos sucesso no panorama internacional”.
Após o presidente do IPDJ, seguiu-se o presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), José Manuel Constantino, que aborda o desenvolvimento do desporto nacional, nomeadamente das modalidades náuticas, onde se insere a vela. Apesar de dar uma importância significante aos fatores económicos, defende que a existência de lobbies é muito importante para que o desporto se desenvolva, apesar de haver outros fatores de sucesso dentro de uma modalidade – ter campeões e visibilidade mediática.
“Vivemos tempos complexos, mas vivemos também num contexto que nos dá alguma esperança em relação ao futuro, e a circunstância da FPV ter organizado este evento e juntado tantos participantes, estou certo que sairá daqui mais armada e equipada. Aqui tenho “bons ventos”, como se costuma dizer”, afirmou José Manuel Constantino.
Esta segunda parte da manhã contou ainda com Francisco Lufinha, num discurso que se intitulou ‘Por mares nunca antes navegados’. O velejador português fez história ao percorrer o atlântico num barco com energias renováveis e, neste Congresso da Vela, demonstrou um vídeo do feito. De seguida, acaba por contar o seu percurso profissional que, no meio de alguns infortúnios, acabou por ter sucesso.
O orador, recordista do Guiness, afirma que realizou tantos desafios diferentes porque, sem eles, não se chama a atenção e, consequentemente, não se têm marcas interessadas, ou seja patrocínios – que levam a um financiamento necessário para muitas modalidades.
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, acabou por marcar presença no evento, deixando algumas palavras à Federação Portuguesa de Vela e aos participantes da mesma.