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Para lá da vitória com a Eslovénia
– crónica nº 5 do Europeu de Andebol 2024, por Pedro Sequeira

Pedro Sequeira, presidente da Confederação de Treinadores de Portugal . Foto: Carlos Saraiva/SM

Para lá da vitória com a Eslovénia
– crónica nº 4 do Europeu de Andebol 2024,
por Pedro Sequeira*

Hoje não vou escrever sobre a fabulosa vitória sobre a Eslovénia ou sobre mais uma performance incrível dos nossos guarda-redes e da nossa defesa, ou dos 11 preciosos golos do Martim. Também não vou falar da Eslovénia, que terminou o grupo em 1º lugar e trouxe 2 pontos para esta fase, nem da sua equipa fantástica.

Portugal está num processo inevitável de renovação. Todos gostaríamos que alguns atletas não envelhecessem, que não se lesionassem ou simplesmente partissem “para outro mundo”. Mas a verdade é que a nossa Seleção sofreu e sofre disso tudo. Mas jogadores e treinadores não falam disso. Provavelmente a maioria dos portugueses nem sabe do que estou a falar. E ainda bem. O andebol e a mentalidade no andebol mudaram muito nestas últimas décadas.

Começou nos clubes, que com tostões começaram a bater-se contra os que têm milhões e não se queixam disso, e passou para as Seleções Nacionais que se batem como nunca contra as grandes potências. E não é só nos masculinos. Basta ver o empenho e a atitude (mais até que os extraordinários resultados e classificações) das Seleções jovens femininas nos últimos anos e do andebol de praia e do andebol em cadeira de rodas, para percebermos que muito mudou.

Voltando ao Europeu, a nossa Seleção Nacional não se queixa de nada (e havia tanto para se queixar…) e vai passando uma imagem de que são super heróis. Para mim são. E tenho escrito isso nestas crónicas todas. Não tem sido pelos resultados, pelos golos, pelos desempenhos individuais ou pelas defesas extraordinárias, tem sido pela atitude, pelo empenho e por darem o seu melhor. Se podem ganhar à Suécia, à Holanda, irem às meias-finais, à final e serem campeões europeus? Podem. Mas seria de uma extrema injustiça exigir isso.

No andebol, sabemos perfeitamente o patamar dos outros e o nosso. Sabemos o que os outros têm e nós ainda não temos. Mas a nossa vontade de vencer, de dar tudo até ao último segundo, até ao último pingo de suor, é garantido. Não significa que algumas vezes as coisas não possam correr menos bem. Faz parte, mesmo para quem dá tudo em campo. Garantidamente, vão ter que levar connosco até ao fim, seja o fim já amanhã ou até ao dia 28 de janeiro. Apoiem a nossa equipa que ela merece.

* Pedro Sequeira, diretor da SportMagazine, Professor Coordenador na Escola Superior de Ciências do Desporto de Rio Maior – Instituto Politécnico de Santarém, Presidente da Confederação de Treinadores de Portugal, Vice-presidente da Federação Portuguesa de Andebol e Presidente da Comissão de Métodos – Federação Europeia de Andebol, acompanhará através de crónicas exclusivas para a SportMagazine o Europeu de Andebol 2024.

Fique atento à próxima crónica na SportMagazine!

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