A Seleção Nacional de Ténis de Mesa encontra-se a disputar a qualificação para o Campeonato da Europa. Portugal venceu a Polónia no primeiro encontro, em Poznan, por 3-1. De seguida, a Seleção Portuguesa segue para o segundo encontro, frente à Dinamarca, também fora de portas.
No primeiro jogo deste encontro, Marcos Freitas venceu Samuel Kulczycki, por 0-3 (8-11, 7-11, 4-11); João Geraldo saiu derrotado por 3-0, por Milosz Redzimski (11-8, 11-8, 11-9); Diogo Carvalho bateu Artur Grela, por 2-3 (11-13, 11-9, 7-11, 14-12, 3-11) e, por fim, João Geraldo voltou a entrar em ação frente a Samuel Kulczycki, desta vez vencendo por 2-3 (8-11, 6-11, 11-5, 12-10, 7-11).
Com isto, Portugal entra na qualificação com uma vitória e defronta, esta segunda-feira, a Dinamarca, pelas 18h00. Marcos Freitas, o número um da modalidade em Portugal, conversou com a SportMagazine sobre esta primeira vitória, a preparação para a competição e os objetivos da equipa.
SportMagazine (SM) – Antes de mais pergunto como está a correr a preparação para estes encontros?
Marcos Freitas (MF) – Quanto à preparação, tive uma preparação difícil, porque apanhei um vírus logo antes do natal e tive alguns sintomas durante a época natalícia e também fim de ano e, por isso, não consegui treinar bem. Não fiz o meu plano de preparação normal para estes jogos de qualificação para o Campeonato da Europa. Jogos contra a Polónia e contra a Dinamarca. Já estou muito melhor, ainda não a 100%, estou a tomar antibióticos ainda para ficar. Mas já a treinar e com um bom nível. Por isso, a preparação não foi a melhor, a planeada, devido a este incidente com o vírus que apanhei antes do natal.
SM – Após a vitória sobre a Polónia, o que esperar da Dinamarca?
MF – Temos um grupo muito difícil, muito homogéneo, duas equipas jovens, fortes. Conseguimos ganhar à Polónia 3-1 num jogo muito equilibrado num pavilhão com cerca de mil adeptos, num ambiente muito quente e foi muito importante entrar a ganhar nesta competição. Agora contra a Dinamarca vai ser mais do mesmo, uma equipa muito forte. Nós, por acaso, perdemos na última vez contra eles, no último Campeonato da Europa. Eles foram à final ou meia final, por isso sabemos que vai ser um jogo muito difícil. Estamos a jogar fora, por isso vai ser muito importante ganhar mais um jogo para terminar a primeira volta com duas vitórias fora de casa. Isso seria realmente um excelente começo de qualificação e penso que, com esse resultado, estaríamos já com um pé para o apuramento para o Europeu.
SM – Como avalia o talento português na modalidade e até onde acha que Portugal pode chegar neste Campeonato da Europa?
MF – Portugal tem sempre responsabilidades nos Campeonatos da Europa. Nestes últimos anos temos sido vistos como uma das melhores seleções da Europa, candidata ao título, e neste momento não é diferente. Existem muitas seleções fortes, nós somos uma delas, e depende muito de como jogarmos nessa semana. Ainda não estamos qualificados, queremos primeiro garantir o apuramento, temos um grupo muito difícil, como disse antes. O objetivo é realmente conseguir o apuramento, ficar nos dois primeiros lugares do grupo e logo depois pensar nos adversários que vamos ter no Europeu. Agora, sem dúvida que, mesmo olhando para o nosso histórico de finais europeias, o título europeu em 2014, do nosso ranking individual, somos sempre uma seleção candidata e é isso que queremos continuar a ser. Temos que ambicionar sempre, chegar às meias-finais ou pódio. Penso que esse é o nosso grande objetivo, mas só depois do apuramento.
SM – Quais as expectativas para toda a competição?
MF – As expectativas são sempre elevadas. Temos muita responsabilidade, temos uma grande equipa. Neste momento, temos vários jogadores que podem ser titulares da equipa e penso que somos uma das melhores seleções da Europa. Não é nenhuma surpresa ganharmos às melhores seleções, como à Suécia, França, Alemanha, como já fizemos no passado. E o objetivo é mantermo-nos no topo, tentando trabalhar bem diariamente, estar bem fisicamente. Esse sim é o nosso objetivo para podermos continuar a elevar Portugal o mais alto possível que é sempre o nosso objetivo, seja em europeus, torneios ou em mundiais.