A Seleção Nacional de Basquetebol Feminino encontra-se a disputar a qualificação para o EuroBasket 2023, estando a caminhar para a terceira e última janela da mesma. Nas duas primeiras, Portugal conquistou duas vitórias, ambas frente à Estónia, e duas derrotas, uma frente à Grécia e outra diante da Grã-Bretanha – equipas que ainda vai enfrentar nas últimas duas jornadas, dia 9 e 12 de fevereiro, respetivamente. A formação lusa encontra-se no segundo lugar do grupo com seis pontos, apenas atrás da seleção grega que, sem derrotas, detém oito pontos.
Presente em todas as convocatórias da Seleção Nacional, liderada pelo selecionador Ricardo Vasconcelos, a atleta Márcia da Costa Robalo, que atua no Grupo Desportivo da Escola Secundária de Santo André (GDESSA), conversou com a SportMagazine acerca da prestação portuguesa nesta qualificação e sobre as perspetivas para esta competição e ano de 2023.
A jogadora portuguesa de 33 anos analisa, até ao momento, a prestação de Portugal nesta qualificação como sendo “bastante positiva, apesar de termos duas derrotas que não nos ajudam nas contas”. Márcia realça o poderio da seleção grega e da Grã-Bretanha, afirmando que são “equipas habituadas a jogar a este nível”, nomeadamente a Grécia, que tem por hábito qualificar-se para o Europeu. Apesar dos dois desaires, a atleta faz um balanço positivo destes encontros, lamentando apenas o desfecho final dos mesmos.
“O que efetivamente nós queremos é ganhar os jogos, mas a verdade é que, o facto de termos estado tão perto, faz com que o balanço acabe por ser positivo e saber que estamos a mais do que a tempo para dar a volta”, afirmou.
Apesar do olhar positivo por parte da atleta, Márcia realça um fator a melhorar por parte da Seleção Nacional: a consistência. Diz mesmo ter sido um fator “que nos falhou a certa altura nos dois jogos [ambas as derrotas]”.
“No jogo contra a Grécia fomos para o intervalo com uma diferença de pontos muito grande, mas na segunda parte serviu para conseguirmos dar a volta ao resultado e estivemos muito perto de ganhar. Com a Grã Bretanha foi exatamente o contrário. Nós dominámos grande parte do jogo e apenas no prolongamento tivemos o deslize que nos fez acabar por não levar a vitória”, disse.
Contudo, o acreditar fala mais alto e a jogadora da Seleção Nacional e do GDESSA, bem como toda a comitiva lusa, acredita neste “processo”. Márcia destaca a vontade de querer fazer história com esta qualificação para o EuroBasket 2023, estabelecendo a mesma como a clara ambição da Seleção Nacional feminina, que se afirma não só como uma “equipa batalhadora”, mas também como “uma equipa que conquista”. E é deste modo que as basquetebolistas portuguesas querem ser vistas por toda a Europa.
Não só para 2023 mas para todos os anos daqui a diante, Márcia da Costa Robalo afirma que o basquetebol feminino português quer ainda mais, apesar do trajeto positivo.
“Nós queremos muito qualificar-nos, que a Europa nos veja com outros olhos e esse é o objetivo para este ano e para todos os anos que vêm com as que vão poder representar a Seleção, porque nós estamos felizes com o que fizemos até agora, mas queremos mais. É claramente o mindset do grupo, querer mais do que aquilo que já conseguimos neste momento – que é bom, mas que ainda não está dentro daquilo que são os nossos objetivos”
Portugal caminha, mais uma vez, rumo à história. Desta vez, com o basquetebol feminino a querer entrar na mesma, procurando uma vaga na fase final de um Campeonato da Europa pela primeira vez. Essa luta continua nos próximos dias 9 e 12 de fevereiro, frente à Grécia e à Grã-Bretanha.