A Seleção Nacional de andebol feminino soube, na sexta-feira passada, quais as 17 atletas convocadas para esta primeira fase de qualificação para o IHF World Championship 2023. Portugal vai enfrentar, em Paredes, a seleção do Azerbaijão, nos dias 3 e 5 do próximo mês.
O estágio da equipa lusa dá início esta quarta-feira, em Lamego, antes de seguir para Paredes, no domingo. Este estágio fica marcado pelo regresso de Mariana Lopes à convocatória. A atleta do TSV Bayer Leverkusen, da Alemanha, esteve afastada durante meses devido a uma lesão no joelho. Para além de Mariana, também as jovens Margarida Morais, do ARC Alpendorada Heavy OJP, Mariana Brito, do Odense Handball Academy, e Joana Pires, da Madeira SAD, são novidade nesta convocatória, colmatando a ausência de outras atletas habituais nas convocatórias de José António Silva, selecionador nacional. A pivô do SL Benfica, Nádia Rodrigues, também se vai estrear na Seleção Nacional.
“Fazer qualquer convocatória tem-se revelado um exercício muito difícil, já que somos frequentemente confrontados com problemas profissionais das atletas e com limitações ou impedimentos do ponto de vista físico, nomeadamente lesões, o que condiciona o leque de opções. Para além disso, há a necessidade de assegurar um equilíbrio entre as tarefas defensivas e ofensivas da equipa, garantindo, simultaneamente, que estamos em condições de obter rendimento imediato sem descurar a aposta em jovens tendo em vista ao futuro. Estes são, habitualmente, os constrangimentos e as linhas orientadoras que temos presentes em qualquer convocatória, mas neste caso em particular, este exercício revelou-se ainda mais difícil porque existem diversas jogadoras muito condicionadas, quer do ponto de vista físico, quer do ponto de vista da disponibilidade para integrar os trabalhos da Seleção Nacional”, afirmou José António Silva em declarações à Federação de Andebol de Portugal.
Apesar de algumas baixas no grupo de trabalho, o selecionador nacional admite garantias de sucesso por parte de todas as convocadas e que avançar nesta qualificação é o principal objetivo.
“Creio que conseguimos reunir um lote de atletas que nos permite trabalhar em boas condições na preparação dos jogos com o Azerbaijão e aspirar à obtenção de resultados positivos. No entanto, pelas razões atrás referidas, a consolidação e desenvolvimento do nosso modelo de jogo têm sido prejudicados, já que tem havido necessidade de alterar muitas vezes o grupo de uma forma não planeada, o que traz dificuldades adicionais. Como consequência destes factos, os treinos serão orientados para a otimização dos aspetos táticos já trabalhados, por forma a que possamos evoluir como pretendido. Contamos, como sempre, com a disponibilidade das nossas atletas para o treino e para a competição, que é a prova da sua dedicação e compromisso com a Seleção Nacional. Com esta atitude, com o talento que elas possuem, com trabalho e com a colaboração de todos, atingiremos certamente o nosso objetivo, que é a passagem desta etapa do apuramento para o Campeonato do Mundo”, disse.
Das seleções que competem pela qualificação, nove delas passam a eliminatória e seguem para a segunda fase da qualificação europeia, onde se juntam 10 das 16 equipas que participaram no Euro 2022, mais a Chéquia. No fundo, o IHF World Championship 2023 conta com a participação de 16 equipas europeias: os co-anfitriões Noruega (atual campeã em título), Suécia e Dinamarca; as três melhores equipas do EHF Euro 2022 e as 10 vencedoras da Fase 2 da Qualificação Europeia.