O Comité Olímpico de Portugal (COP) homenageou, esta quarta-feira, as mães dos atletas olímpicos medalhados, naquele que foi o Dia Internacional da Mulher. A Comissão de Mulheres e Desporto esteve presente, entregando as distinções às mães homenageadas. Também marcaram presença Diana Gomes, presidente da Comissão de Atletas Olímpicos (CAO), José Manuel Constantino, presidente do COP, e João Paulo Correia, secretário de estado da Juventude e Desporto.
Maria Adélia Barreto (mãe de Nuno Barreto, medalhado em Atlanta 1996), Maria Manuela Rocha (Hugo Rocha, medalhado em Atlanta 1996), Maria José Pedro (Fernanda Ribeiro, medalhada em Atlanta 1996 e Sydney 2000), Ana Maria Paulinho (Sérgio Paulinho, medalhado em Atenas 2004), Filomena Obikwelu (Francis Obikwelu, medalhado em Atenas 2004), Rosa Pimenta (Fernando Pimenta, medalhado em Londres 2012 e Tóquio 2020), Eduarda Silva (Emanuel Silva, medalhado em Londres 2012), Manuela Monteiro (Telma Monteiro, medalhada no Rio 2016), Regina Rodrigues (Jorge Fonseca, medalhado em Tóquio 2020) e Rosa Peralta (Pedro Pichardo, medalhado em Tóquio 2020), foram as mães que marcaram presença nesta homenagem.
“A homenagem às mulheres que são mães é o cumprimento de uma obrigação absolutamente elementar, para destacar a importância que estas pessoas tiveram no percurso desportivo dos seus filhos e das sua filhas. E não é demais sublinharmos e valorizarmos essa importância. É este testemunho que o Comité Olímpico de Portugal, no Dia Internacional da Mulher, vos queria transmitir, agradecendo-vos em nome do desporto nacional, agradecendo-vos em nome do Movimento Olímpico. Mas agradecendo-vos, sobretudo, em nome de Portugal”, disse José Manuel Constantino.
Diana Gomes afirmou ainda que “a valorização da mulher traz comprovadamente vantagens à sociedade”. No entanto, destaca um retrocesso nesse mesmo processo de valorização e afirmação da mulher em algumas partes do mundo. A presidente do CAO dá como exemplo o Irão e o Afeganistão, onde Nos casos do Irão e do Afeganistão, onde “persistem trevas impensáveis neste século XXI. Os regimes autocráticos em afirmação e multiplicação, nestas últimas décadas, menorizam sistematicamente o valor da mulher. É um ataque aos valores ditos ocidentais, no sentido de contraciclo com a harmonia que procuramos”.
“Uma cerimónia justa, com muito sentimento, e uma cerimónia muito merecida para as mães das nossas campeãs e dos nossos campeões (…) combate às desigualdades é uma causa de todos os dias, em todos os sectores da nossa sociedade. Combater as desigualdades é uma missão que convoca cada um de nós, independentemente da sua ideologia, da sua forma de ver o mundo”, disse o secretário de estado da Juventude e do Desporto.
Esta homenagem às mães dos atletas olímpicos medalhados, Carla Rocha, radialista, declamou o poema “Para Sempre”, de Carlos Drummond de Andrade. Joana Rodrigues, acompanhada pelo pianista Giovanni Barbieri, interpretou o tema “Para os Braços da Minha Mãe”, de Pedro Abrunhosa.