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Cerimónia de abertura do Ética Summit salientou importância do desporto na vida

A cerimónia de abertura do Ética Summit 2024, que decorreu esta sexta-feira, e que contou com as presenças, via zoom, de Luís Monteiro (presidente da Associação dos Atletas Olímpicos de Portugal), Fábio Figueiras (presidente da Comissão Executiva do Ética Summit) e Susana Feitor (presidente da Fundação do Desporto), Artur Eugénio Mathias (presidente da Associação Brasileira de Cronistas Esportivos), Arão Nanhcale (presidente do Panathlon Clube de Moçambique) e Luis Paulo Relógio (Advogado e docente universitário), e nela foi salientada, por todos os intervenientes, a importância do desporto na sociedade atual.

“O Ética Summit é já um maior evento desportivo da ética em toda a lusofonia”, porque conta com a participação de especialistas das mais diversas áreas e, este ano, o evento, que conta com a participação de cerca de quatro mil pessoas,  facto que comprova o “interesse e a relevância da ética no desporto” atualmente, vincou Fábio Figueiras.

“Quero salientar que muitos dos participantes que hoje nos acompanham são também participantes de outras edições e, portanto, isso atesta a qualidade também do evento. O Ética Summit é um evento que está a par e atento a todos os temas do desporto actual”, vincou.

 Importante discutir ética e o papel do desporto que é “desconsiderado”

Susana Feitor salientou que é “muito importante permitir que se multipliquem organizações que permitam a discussão e a partilha” de assuntos e temas relacionados com a ética no desporto.

“Estes eventos permitem que haja a partilha de ideias, de projetos e de sentimentos. E, indiretamente, trazemos os valores à conversa. É claro, estamos aqui também em torno de um assunto ou de um tema que nos é mais querido, que é o desporto, e de modo geral observamos o desporto como uma ferramenta/meio para atingir o fim. Muita gente também diz isto, mas a verdade é que o significado é muito pesado, isto é, nós dizemos isto e depois não conseguimos concretizar e depois é difícil de conseguir materializar exatamente isto quando existe falta de informação e as pessoas não entendem muito bem como é que o desporto tem essa capacidade. Então, mas afinal, se o desporto é tão valioso e tem todas estas características, porquê que não é mais considerado em termos de políticas ou em termos de investimento ou em termos de orçamento nos vários  países? Porque parece que na maior parte das vezes o desporto até é desconsiderado. É claro, nós sabemos muito bem que existem outros setores, outras áreas que são imediatamente mais relevantes, como é saúde, a educação e outras. Mas a questão é que nós, que somos ou praticantes ou que estamos relacionados com o desporto, seja as ciências do desporto ou seja como estudiosos da matéria ou na pedagogia o, nós todos sabemos e temos percebido, ao longo das  nossas vidas, que a prática de desporto em si tem uma vantagem muito grande em termos corporais, porque nos permite viver com maior qualidade,  também em termos mentais. Dá-nos maior qualidade. E o desporto tem capacidade de fazer pontes e quebrar barreiras”, juntou Susana Feitor.

 

“O desporto traz mais inclusão, solidariedade e menos violência”

“O desporto é um meio importante e não um fim em si mesmo. É um meio para produzir mais inclusão, mais solidariedade e menos violência. E tudo isto se baseia em comportamentos éticos. A ética refere-se a um conjunto de princípios morais que orientam o comportamento humano, envolvendo aquela distinção que normalmente fazemos entre o que é que é certo e o que é que é errado, o que é que é bom e o que é que é mau. E de facto há dois tipos de ética. Há aquela ética que nós normalmente aceitamos, que é a ética do desporto, e todos percebemos que o desporto tem uma ética. É o tal meio para se ter mais inclusivo, mais solidário e note-se o que estamos a fazer e bem com o futebol feminino. No fundo não é apenas criar as condições para que as meninas e as mulheres possam competir. É também transmitir e passar uma mensagem para a sociedade de inclusão e de capacitação das mulheres e dos mais jovens. Portanto, no fundo, o desporto tem esse valor, tem esse poder, que é o ético, é a ética do desporto”, destacou, na sua intervenção, o presidente da Associação dos Atletas Olímpicos de Portugal, Luís Monteiro.

“Ética é também, por exemplo, aumentar a percentagem da atividade física de uma população. Nós, Portugal, somos um país com 73% na atividade física. E a ética no desporto também tem essa missão, que é incluir os tais três eixos importantes: educação, desporto e a saúde. Mais atividade física traz menos custos e uma população mais ativa”, juntou.

 

Por: Pedro Silva

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