Portugal viveu um momento histórico esta quarta-feira no Mundial de Budapeste. As nadadoras Angélica André e Mafalda Rosa conquistaram as melhores classificações de sempre entre nadadores portugueses em Mundiais de águas abertas, sendo Angélica a 7.ª classificada e Mafalda a 12.ª.
“Senti-me bem do início ao fim. Pena não conseguir fazer um pouco melhor. Penso que já foi muito bom, mas na parte final poderia ter disputado mais alguns lugares da frente. Cometi uns erros nos abastecimentos, mas estava-me a sentir bem e foi a melhor classificação de sempre”, disse Angélica André, sempre exigente, em declaração à Federação Portuguesa de Natação.
Até então, o melhor resultado luso havia sido um 19.º lugar da Angélica André em 2019 em Gwangju, Coreia do Sul. Com o novo resultado, a atleta do FC Porto, treinada por José Manuel Borges, consegue agora o primeiro top-10 na competição.
A prova foi vendida por Sharon Van Rouwendaal, campeã olímpica no Rio 2016 e prata em Tóquio 2020, a terminar com 2.02.29,20 horas, à frente 50 centésimos de segundo à campeã alemã Leonie Beck e à brasileira Ana Marcela Cunha, campeã olímpica em Tóquio 2020.
Assim como Angélica André, Mafalda Rosa – atleta do Clube de Natação de Rio Maior treinada por Nuno Ricardo – também sempre seguiu no grupo de elite para na parte final da derradeira sexta volta do percurso resistirem ao ataque fortíssimo das favoritas com Angélica André a perder 10 segundos para a vencedora e Mafalda Rosa 19,10 segundos.
“Nas primeiras três voltas deu para controlar com calma e ver o que se estava a passar. Na quarta volta aceleraram um pouco e aí consegui seguir no grupo entre as primeiras cinco, seis classificadas. Nas últimas duas voltas foi ao máximo até ao final”, disse Mafalda Rosa.
Recorde-se que Mafalda Rosa tem apenas 18 anos e conquista a sua melhor prestação em mundiais após o bronze no Europeu de Juniores em Setúbal.