O presidente da Federação Portuguesa de Natação (FPN), António José Silva, falou com a SportMagazine, esta quinta-feira, após a apresentação do seu livro, “O (Des)Governo do desporto em Portugal”, no Comité Olímpico de Portugal.
O também presidente da Liga Europeia de Natação abordou essencialmente, tal como havia feito na apresentação do seu livro, alguns dos problemas do desporto no país. Este fala de “desorganização, desestruturação e desorientação” quando descreve as políticas estratégicas do desporto em Portugal.
“A falta de ligação entre o sistema desportivo e o sistema educativo é uma dessas evidências dessa desorganização. Há outras, como o subfinanciamento. O Estado não reconhece importância suficiente ao desporto para ser conhecido enquanto tal. Com a existência de demasiadas organizações, há outra falha do sistema. Se há muitas organizações, o pouco dinheiro que já existe, tem que ser distribuído por todas as organizações, sendo gerido de uma forma eficaz”, critica António José Silva.
Aquando perguntado acerca da natação, modalidade na qual está mais por dentro, o presidente da FPN afirma que o livro também aborda um pouco daquilo que se passa na natação. Aborda ainda o trabalho realizado pela Federação, relativamente à maior projeção da natação no país, desde a sua entrada enquanto presidente da FPN, em 2013.
“A natação portuguesa em 2013 era a 16ª federação do país, com 13.000 atletas filiados. Em 2020, era a segunda federação do país, com 120.000 atletas filiados, só ultrapassada pela Federação Portuguesa de Futebol. Isto traduz um envolvimento direto em determinados projetos que nos permitiram alavancar, quer em termos numéricos, quer em termos quantitativos, quer em termos de sustentabilidade financeira, a própria organização”, afirmou.
António José Silva retira diversas conclusões e propõe então várias medidas para solucionar aquilo que chama de “(des)governo”. Tudo isto no seu livro, que contará com mais três volumes. O livro poderá ser adquirido presencialmente na Federação Portuguesa de Natação e tem um custo de 15 euros.