A 85.ª Volta a Portugal foi apresentada, esta quarta-feira, em Viseu, Cidade Europeia do Desporto – 2024, e conta com muitas novidades: a prova termina com um contra-relógio em Terras de Viriato e terá, na segunda etapa, um dia especial.
“Tal como aconteceu com o capitão Salgueiro Maia, que marchou para Lisboa na madrugada do dia 25 de Abril, a segunda etapa vai ligar exatamente Santarém a Lisboa, porque quisemos celebrar esta efeméride”, destacou o diretor desportivo da prova, Joaquim Gomes, salientando que, e pela primeira vez vez no século XXI, a apresentação decorreu “fora de Lisboa”.
A competição, que se realiza de 24 de julho a 4 de agosto, termina com um contrarrelógio de 26,6 quilómetros e inclui os concelhos do Crato e Penedono, que, pela primeira vez, acolhem o início de etapas. “O contrarrelógio final em Viseu terá uma quilometragem ligeiramente superior aos últimos anos, com 26,6 quilómetros para fazer o acerto de contas final nesta edição da prova”, revelou Joaquim Gomes.
“Pela primeira vez, uma parte substancial do percurso do contrarrelógio vai às freguesias mais orientais do concelho de Viseu”, destacou Joaquim Gomes, destacando os “23 anos de ligação sucessiva de Viseu à volta”.
“Um pelotão de 17 equipas vai participar, entre 24 de julho e 4 de agosto, na edição de 2024 da Volta a Portugal Continente. Será uma das edições mais exigentes da corrida nos últimos anos e aquela que tem mais quilómetros de contrarrelógio individual desde 2016. Serão 32,2 quilómetros de esforço individual num total 1540,1 quilómetros de corrida. A distribuição das etapas obriga os candidatos à vitória final a entrarem no topo da forma e a permanecerem nesse estado de graça até à última pedalada. Tudo porque ao quarto dia já terão disputado o prólogo e as duas chegadas em alto mais difíceis, mas também porque as duas derradeiras etapas serão a chegada à Senhora da Graça e o contrarrelógio de Viseu”, destaca, na nota publicada no site oficial, a Federação Portuguesa de Ciclismo.
“Prova combate as assimetrias” (Fernando Ruas)
O presidente da Câmara Municipal de Viseu disse que “o ciclismo como uma forma de combater as assimetrias que existem” entre litoral e interior. “A volta traz muita gente, que, de outra forma, não viria ao coração de Portugal, porque se o país fosse o corpo humano, Viseu fica no lugar do coração, e por isso, a volta também ajuda a combater as assimetrias do país”, assinalou Fernando Ruas.
Etapas
Prólogo: Águeda – Águeda, 5,6 km (CRI)
1.ª Etapa: Sangalhos – Observatório de Vila Nova , 158,2 km
2.ª Etapa: Santarém – Lisboa, 164,5 km
3.ª Etapa: Crato – Torre, 161,2 km
4.ª Etapa: Sabugal – Guarda, 164,5 km
Descanso
5.ª Etapa: Penedono – Bragança, 176,8 km
6.ª Etapa: Bragança – Boticas, 169,1 km
7.ª Etapa: Felgueiras – Paredes, 160,4 km
8.ª Etapa: Viana do Castelo – Fafe, 182,4 km
9.ª Etapa: Maia – Senhora da Graça, 170,8 km
10.ª Etapa: Viseu – Viseu, 26,6 km (CRI).
Por: Pedro Silva
Fotos: DR