A seleção portuguesa arrecadou três medalhas e estabelceu 13 novos recordes nacionais nos Europeus Open de natação paralímpica, disputados no Funchal, resultados que a federação da modalidade classifica como “indicadores muito positivos” para os Jogos Paris-2024.
“Esta competição era um ponto de avaliação muito importante para os Jogos Paralímpicos. Considero que o indicador foi muito positivo. O número de medalhas conquistadas [3 pratas] era o ambicionado por nós e o patamar ideal para a seleção de Portugal. Há um registo que eu faço nestes momentos que é o balanço dos recordes pessoais – neste caso e nas competições mais importantes, os recordes pessoais, normalmente são recordes nacionais. Como participamos em 20 provas, onde obtivemos 11 recordes pessoais, passará a ser uma média superior a 50% o que é um resultado muito significativo porque normalmente neste tipo de competições andamos por volta dos 20 a 25% numa competição bem-sucedida. Quando este valor é ultrapassado é importante realçar porque na natação adaptada, os atletas a tem menos oportunidades competitivas a este nível. Normalmente os estímulos competitivos mais fortes que têm são quando nadam com os seus colegas da natação pura. Nos seus campeonatos ficam sozinhos porque tem marcas muito inferiores aos adversários que tem em Portugal. Esta competição é um ponto de avaliação para os jogos paralímpicos e o indicador foi muito positivo, porque permite-nos esperar que nos jogos passam a estar no ponto máximo da sua forma e ambicionar este tipo de classificações. Do balanço que é feito aqui, no caso de se confirmar a cota de quatro nadadores para Portugal para Paris 2024, penso que ficamos com uma ideia clara de quem são esses quatro nadadores», destacou o diretor desportivo da Federação Portuguesa de Natação (FPN), José Machado, numa entrevista publicada no site da FPN.
Portugal fechou a competição no 24.º lugar do quadro de medalhas, liderado pela Itália, que conquistou um total de 60, 25 das quais de ouro, seguida de Ucrânia, com 64 (19 de ouro) e dos Países Baixos, com 27 (13 de ouro).
Ao longo de sete dias de competição foram batidos um total de oito recordes do mundo e 13 continentais.
“Muito competitivo”
José Machado liderou uma seleção de sete nadadores, entre os quais cinco paralímpicos, considerou, ainda, que os Europeus, de categoria Open e, por isso, foram abertos a atletas de países não europeus, foram “muito competitivos”, provavelmente até “mais do que os Mundiais de 2023, em Manchester”, em Inglaterra.
“Estamos em ano paralímpico, portanto nesta altura os melhores nadadores estão no final de um ciclo, preparam-se para isto durante estes últimos três anos. E preparam-se para isto nos últimos três anos e surgem outros nadadores que se estiveram a preparar que normalmente constituem as surpresas quando chegamos aos Jogos Paralímpicos”, finalizou, citado pela FPN.
Foto: FPN