Esta quarta-feira, 3 de abril, COP e OM assinaram o protocolo que permitirá realizar a exposição e lançar o livro Atletas Olímpicos Médicos, cujos protagonistas são os Atletas Médicos Olímpicos António Silva Martins (Tiro e Atletismo), Mário Quina (Vela), António Gentil Martins (Tiro), José Jacques Pena (Tiro), José Gomes Pereira (Natação), Ana Alegria (Natação), Petra Chaves (Natação), Ana Francisco (Natação), Ana Rente (Ginástica), João Araújo (Natação), Ana Moura (Badminton), Arnaldo Abrantes (Atletismo), Marta Onofre (Atletismo), Irina Rodrigues (Atletismo), Francisco Belo (Atletismo), Rui Bragança (Taekwondo) e Francisca Laia (Canoagem).
Ambas surgirão no decorrer de maio de 2024, para homenagear quem deu o melhor de si para representar Portugal nos Jogos Olímpicos e conseguiu em paralelo realizar um percurso académico que o conduzirá a um pós-carreira pleno na Medicina. A assistir à assinatura do Protocolo estiveram os atletas olímpicos médicos Marta Onofre e Francisco, numa plateia que contou também com os autores do livro, Sofia Barrocas (texto) e Rodrigo Cabrita (fotos).
Intervieram a finalizar a sessão:
Paulo Simões, Presidente do Conselho Regional do Sul da OM:
“Este protocolo vem lembrar que os médicos não são só médicos na maioria das vezes. A arte e o desporto foram sempre apanágio dos médicos e é com muito prazer que abraço este projeto. Nós, portugueses, temos pouco a vivência de projetar a memória futura, aquilo que foram alguns feitos. Esta é uma forma de relembrar aqueles que foram e são médicos e atletas olímpicos.”
Diana Gomes, Presidente da Comissão de Atletas Olímpicos:
“[Os atletas ] Conseguiram com sucesso desmultiplicar-se, como se fosse possível estar em dois sítios à mesma hora. Terem o dom da ubiquidade. Só por paixão se consegue ultrapassar as adversidades de qualquer um dos caminhos, aliando a vocação do que está inerente à medicina à vocação que vejo no desporto de alta competição.”
Carlos Cortes, Bastonário da OM:
“Há uma grande similitude entre ser atleta e entre ser médico. É o desafio, a entrega, o empenho. O ser atleta olímpico tem, desde sempre, um caminho paralelo de entrega, do humanismo que reside nestas duas atividades, de esforço. O Comité Olímpico também tem o propósito de melhorar as nossas vidas, através de mensagens muito importantes, como o humanismo, a igualdade entre as pessoas. Nós, médicos, não olhamos a diferenças, nós vemos pessoas saudáveis e pessoas doentes à nossa frente. Portanto, este protocolo é perfeitamente natural. Os dois símbolos que estão aqui justapostos fazem todo o sentido. E, deixo aqui o desafio, este é um caminho que se inicia hoje. Que possamos não ficar por aqui e desenvolvamos este protocolo através de uma colaboração permanente, entre a Ordem dos Médicos, que defende o bem-estar físico, moral, a saúde das pessoas, e o Comité Olímpico que também tem esse propósito. Muitos dos nossos valores coincidem.”
José Manuel Constantino, Presidente do COP:
“Este ato formaliza a realização de duas iniciativas: a edição de um livro e uma exposição. É similar a muitos outros que ao longo do nosso exercício temos realizado, mas tem uma singularidade que os distingue dos demais, tem um valor simbólico que encerra a circunstância de ao longo dos tempos ter havido um conjunto de atletas olímpicos que cursaram Medicina e hoje estão habilitados ao exercício da profissão de médicos. Não é politicamente correto dizer, mas é o que sinto, cursar Medicina não é a mesma coisa que cursar outras áreas. Tem um grau de exigência, uma duração, uma complexidade, uma necessidade de entrega que a distingue das demais. E quando é possível conciliar essa formação com as exigências do alto rendimento e a participação olímpica, estamos perante pessoas excecionais. Apesar de todas as dificuldades, de todos os sacrifícios, é possível. Isso, para nós, é extraordinário, porque dá um sinal à sociedade dessa possibilidade. Nesse sentido, essas pessoas são exemplos que o livro e a exposição fotográfica irão retratar.”