A Seleção Nacional de andebol feminino venceu na noite desta quinta-feira a congénere do Azerbaijão, por 32-19, na primeira mão do play-off de acesso ao Mundial feminino de 2023. A vitória convincente da equipa comandada por José António Silva confirmou a superioridade lusa no pavilhão Multiusos de Paredes no primeiro dos dois jogos contra a equipa azeri. O segundo embate está agendado para o próximo sábado, às 21h00, novamente em Paredes.
Melhor no jogo, Portugal terminou a primeira parte a vencer por 16-5, dobrando o número de golos após o intervalo. Maria Unjanque e Maria Pereira foram as melhores marcadoras (top score) do jogo com 5 golos cada, enquanto a guarda-redes Isabel Góis foi a MVP, com oito defesas (73% eficácia). Destaque também para Mariana Lopes, que atingiu a marca dos 200 golos na conta pessoal, ao serviço da Seleção Nacional A Feminina.
“Fundamentalmente fica o resultado. Nós entrámos com a atitude e organização certas, com a vontade certa e, portanto, rapidamente cavámos uma diferença que nos permitiu ir gerindo o jogo de outra forma. Foi bom, porque conseguimos dar muito tempo de jogo a muitas jovens, promover duas estreias na Seleção Nacional [Nádia Rodrigues e Constança Sequeira], houve outros objetivos para além da vitória que também foram alcançados. Agora um jogo com estas características – e depois de algum tempo em que percebemos que tínhamos o controlo absoluto do jogo -, por vezes fica muito complicado manter a concentração e a intensidade com que entrámos desde o início”, avaliou o selecionador José António Silva ao final do jogo.
“E depois há outros fatores que interferem, os contactos começam a ser muito penalizados, nós não vamos tão fortes para o contacto porque corremos o risco de ser sancionados disciplinarmente e, tudo isso, contribui para uma diminuição da intensidade do jogo que no início foi excelente. Portanto, num balanço geral foi um jogo em que a vitória é claríssima, a nossa superioridade ficou mais do que evidente, fica também uma perspetiva de fazer um segundo jogo um pouco melhor, pelo menos tentar manter a concentração durante mais tempo, mas não depende só de nós. E por último, como é evidente, o facto de termos dado tempo de jogo a algumas destas jovens, neste contexto, que acarreta sempre uma carga emocional forte e contribui para o crescimento delas”, acrescentou o treinador.
Para alcançar o IHF World Championship 2023, as nove seleções que ultrapassarem esta eliminatória seguirão para a Fase 2 da Qualificação Europeia, onde se juntarão a dez das 16 equipas que participaram no Europeu de 2022, mais a Chéquia. No total, o IHF World Championship 2023 – marcado para novembro e dezembro do próximo ano – contará com a participação de 16 equipas europeias: os coanfitriões Noruega (atual campeã em título), Suécia e Dinamarca; as três melhores equipas do EHF EURO 2022 e as 10 vencedoras da Fase 2 da Qualificação Europeia.