11 atletas portugueses partiram, esta segunda-feira, dos aeroportos Humberto Delgado (Lisboa), Francisco Sá Carneiro (Pedras Rubras, Maia) e Madrid, rumo a Paris, onde têm lugar, até 11 de agosto, os Jogos Olímpicos 2024. Conquistar medalhas é um sonho comum a todos eles…
“Os Jogos Olímpicos são o expoente máximo da modalidade e que, por isso, estarão em competição os melhores do mundo, sendo que tudo pode acontecer. A equipa nacional tem capacidade para ser candidata às medalhas, com especial foco para o campeão olímpico de triplo-salto em título, Pedro Pichardo; e, com muita expectativa em relação ao que Agate Sousa pode vir a fazer no salto em comprimento”, destacou, já em Paris, o vice-presidente da Federação Portuguesa de Atletismo, Fernando Tavares.
Depois, juntou o teal leader da equipa de atletismo, “temos a Liliana Cá e a Irina Rodrigues, no disco, que certamente conseguirão uma posição de finalista [portanto, nos 8 primeiros], tal como Isaac Nader [1500 metros], Jéssica Inchude [peso] ou Tiago Pereira [triplo-salto], todos com capacidade para ir mais além e superar-se num pódio”.
22 atletas presentes
“São 22 os atletas a representar o atletismo nacional nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 entre 1 e 11 de agosto, que chegam à capital francesa em momentos diferentes consoante o dia em que competem. Hoje (segunda-feira) partiram 11 atletas, de Lisboa, do Porto e de Madrid, com a esperança de que o seu melhor se traduza em medalhas para Portugal”, destaca, em nota publicada no site oficial, a FPA.
A delegação portuguesa que irá representar o atletismo nacional nos JO Paris-2024 tem 40 elementos, liderados pelo vice-presidente da FPA Fernando Tavares, sendo que partiram em grupos diferentes, consoante o local de origem dos atletas e o dia no qual competem.
“Hoje partiram de Lisboa e do Porto 11 atletas, entre os quais, Eliana Bandeira (peso), Francisco Belo (peso), Irina Rodrigues (disco), Isaac Nader (1500 metros) Jéssica Inchude (peso), Liliana Cá (disco), Lorene Bazolo (100 e 200 metros), Mariana Machado (5000 metros), Pedro Buaró (vara), Salomé Afonso (1500 metros) e Tsanko Arnaudov (peso)”, sendo estes acompanhados pelos respetivos treinadores.
Em Paris já estão as marchadoras Ana Cabecinha (porta-estandarte, juntamente com Fernando Pimenta, da Equipa Portugal) e Vitória Oliveira, a barreirista Fatoumata Diallo (residente em Paris); bem como o “team leader”, Fernando Tavares, e o diretor técnico Nacional, José Santos.
Liliana Cá (lançamento do disco)
“As expectativas são as mesmas, tentar dar o meu melhor e ir à final, que decide tudo. Conseguir, nos apuramentos, fazer marca para a final e, aí, arriscar mais ainda. Vou dar o meu melhor e estou disposta a lutar até ao fim por uma medalha”
Francisco Belo (lançamento do peso)
“O objetivo principal é melhorar esse lugar. Depois, o segundo objetivo é passar à final. O objetivo a seguir é fazer recorde pessoal. Melhorar a qualificação de Tóquio e poder ambicionar uma final seria espetacular. Passar à final é o meu ouro.”
Lorene Bazolo (100 e 200 metros)
“O meu sonho sempre foi chegar a uma final. Tenho consciência de que, antes, tenho fases para cumprir. Quero passar primeiro essas fases, mas o sonho está lá”
Irina Rodrigues (lançamento do disco)
“Vou com a sensação de que estou com uma carreira de 20 anos e isso dá-me orgulho por continuar a ter força para me preparar para outra edição. Depois, pelo facto de ser médica e atleta. Isso também me deixa honrada. O grande sonho é ser finalista”
Mariana Machado (5.000 metros)
“Eu acho que, no momento em que saem os rankings, uma pessoa ainda não acredita bem. Só quando chegar à Aldeia Olímpica e sentir o ambiente é que me vai cair a ficha de que realmente tudo isto é verdade. Foi o recompensar de todo o trabalho e investimento que foi feito ao longo desta época e também dos últimos 10 anos em que me dedico à modalidade. É uma realização muito grande, um sonho que eu tinha há muitos anos. Desde muito pequena, ouço falar dos Jogos Olímpicos, porque a minha mãe esteve presente três vezes. Ou seja, eu nasci e cresci a ouvir falar desta competição como sendo a maior experiência que a minha mãe alguma vez teve. Sempre ouvi as histórias dela e sempre sonhei um dia poder também pisar este palco”.
Foto: FPA