A 10ª edição do Programa Impulso Bolsas de Educação Jogos Santa Casa realizou-se esta quarta-feira no Salão Nobre da Reitoria da Universidade de Lisboa, na Cidade Universitária. Antes da entrega das mesmas bolsas, o evento contou com discursos introdutórios por parte de Sandro Araújo, vice-presidente do Comité Paralímpico de Portugal (CPP), de José Manuel Constantino, presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP) e de Edmundo Martinho, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
Na introdução ao tema das bolsas ainda foram transmitidos vídeos que realçam os números dos últimos anos. Já foram atribuídas 422 bolsas a 215 atletas, dos quais 178 são atletas olímpicos e 37 paralímpicos e/ou surdolímpicos, de 24 modalidades distintas. Bolsas estas que apoiam “a formação de atletas, dando-lhes o suporte necessário para conjugarem a sua carreira desportiva e académica”.
Em 2023 existem 47 atletas bolseiros – 11 atletas do CPP e 36 do COP -, entre os quais Diogo Branquinho, atleta de andebol do FC Porto e da Seleção Nacional; Catarina Costa, judoca olímpica; João Mota de Sousa, atleta de goalball da Seleção Nacional, bem como João Macedo; entre outros.
Nesta 10ª edição do Impulso ainda deu espaço para as palavras de alguns atletas também bolseiros – Diogo Daniel, atleta paralímpico de badminton, que se encontra a estudar design gráfico e multimédia; e Irina Rodrigues, atleta olímpica de atletismo, que, para além de desportista, está no fim do curso de medicina, estando no sexto ano do mesmo. Após os discursos foi feita a entrega dos respetivos prémios e diplomas.
O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Edmundo Martinho, e o presidente do COP, José Manuel Constantino, deixaram ainda algumas palavras, em conversa com a SportMagazine, acerca destas bolsas de educação para os atletas olímpicos e paralímpicos.
“Para nós [Santa Casa da Misericórdia] a importância é fundamentalmente simbólica, porque é uma forma de afirmar os valor que comungamos com o desporto e com os comités. É também uma forma de devolvermos à sociedade a parte daquilo que ela nos dá. É sobretudo relevante para os atletas que são, para nós, um exemplo de esforço, dedicação, superação e porque, em simultâneo, sentimos que estamos a contribuir para que possam ir construindo carreiras mais sólidas do ponto de vista desportivo e académico” afirmou Edmundo Marinho.
José Manuel Constantino reforça essa importância, nomeadamente para os atletas e para as suas famílias.
“A importância de ser um elemento estimulante para que os atletas façam um esforço no sentido de conciliarem a sua vida académica com a sua preparação desportiva. Isto já tem um conjunto de anos, mais de duas centenas de atletas já beneficiaram deste apoio, que é muito significativo pelo significado que tem, sobretudo para os atletas e as famílias – sempre preocupadas com o futuro dos familiares”, disse.
Para além disto, destaca ainda a necessidade de assegurar “condições de continuidade de vida” por parte dos atletas, “nomeadamente a vida profissional”, afirmando que a vida desportiva é curta e “quanto mais habilitados estiverem no sentido de, no pós carreira, iniciarem uma atividade profissional, melhor”.