O professor Pedro Sequeira deu início esta quinta-feira ao terceiro mandato (2022-2026) enquanto presidente da Confederação de Treinadores de Portugal (CTP). A tomada de posse teve lugar na Adega do Palácio do Marquês de Pombal, em Oeiras. Reeleito por unanimidade, o vice-presidente da Federação de Andebol de Portugal (FAP) e o também diretor da revista SportMagazine, destacou que ainda há muito trabalho a fazer à frente da instituição.
“Ainda há muitas sociedades desportivas que não estão organizadas a nível de associação de treinadores, por isso ainda há muito para fazer. Na formação ainda mais. A escola de treinadores começou a fazer um percurso, mas de facto há muita coisa para ser feita. Ainda há um terceiro aspeto, que eu ainda não falei, que já começámos a trabalhar neste segundo mandato. Tem que ver com o pacote laboral, o que poderia designar como um pacote legislativo tocando em várias áreas dos treinadores, desde a sua formação, aos contratos de trabalho, a sua relação com as federações, os clubes, por aí a fora. Há necessidade de se fazer e iniciou-se no segundo mandato”, disse em declarações à nossa reportagem.

Vasconcelos Raposo, treinador olímpico de natação. Foto: SM
Estiveram presentes na cerimónia de posse de Pedro Sequeira autoridades desportivas como o presidente do Comité Paralímpico de Portugal (CPP), José Lourenço, e o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Correia, além de desportistas, pesquisadores e os membros Órgãos Sociais eleitos para este mandato, como por exemplo o treinador olímpico de natação e professor António Vasconcelos Raposo, presidente da Assembleia Geral da CTP.
O reconhecimento do papel dos treinadores continua a ser uma prioridade para Pedro Sequeira, que vê esse mesmo objetivo como sendo o maior desafio deste terceiro mandato. O presidente da Confederação de Treinadores de Portugal defende que “não pode haver competição, nem treino, sem treinador”.
No entanto, destaca que a sociedade impõe uma grande pressão aos treinadores, exigindo algo “como se o treinador fosse a pessoa mais bem paga do mundo”, quando muitos deles são voluntários. Com isto, Pedro Sequeira reforça que o treinador faz o que faz porque adora os seus atletas e, por muito que a CTP esteja melhor do que nos dois mandatos anteriores, ainda “existe um longo caminho para o reconhecimento dos treinadores”.

Os membros Órgãos Sociais eleitos para este mandato. Foto: SM

Pedro Sequeira conversa com o Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Correia. Foto: SM