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Pedro Ferreira e os Mundiais de Trampolim: “Estávamos completamente em êxtase”

Foto: FGP

Portugal garantiu recentemente quatro medalhas nos Mundiais de Trampolins, que decorreu entre os dias 16 e 19 de novembro, em Sófia, na Bulgária. Uma delas foi de ouro, duas foram de prata e uma de bronze.

Diogo Abreu, Lucas Santos, Pedro Ferreira e Rúben Tavares conquistaram a medalha de ouro na prova masculina por equipas em trampolim individual; Diogo Abreu e Pedro Ferreira foram medalha de prata em trampolim sincronizado; Pedro Ferreira conquistou o bronze no ‘all around’ com Sofia Correia, Ingrid Maior, Diogo Cabral, Diana Gago, Vasco Peso e Margarida Agostinho; e, por fim, Diogo Cabral, André Dias, João Félix e João Domingues conquistaram a medalha de prata na prova masculina por equipas de duplo minitrampolim.

Como se pode constatar, há dois nomes comuns em três das quatro medalhas conquistadas pela comitiva portuguesa: Pedro Ferreira e Diogo Abreu. Pedro conversou com a SportMagazine sobre todo o ambiente da prova – o antes, o durante e o depois. O ginasta de 25 anos destaca a época competitiva que teve junto dos seus colegas e recorda toda a preparação para esta competição.

“Nós tivemos a época mais preenchida a nível competitivo. Tivemos três Taças do Mundo, o Campeonato da Europa, o Campeonato do Mundo, os apuramentos para o Campeonato da Europa, do Mundo, o Campeonato Nacional, foi uma época bastante preenchida. Nós terminámos as competições em julho, antes das férias, e estávamos completamente exaustos (…) Nós fomos de ferias duas semanas e quando voltámos foi mais afinar os pormenores (…) Tudo o que nós sentimos que não tinha corrido tão bem, creio que nos focámos mais sobre isso, até porque o Campeonato do Mundo tem consideravelmente mais provas que o da Europa, portanto fisicamente é mais exigente, e nós aproveitamos ali alturas do verão, que estamos mais disponíveis, para trabalhar mais sobre essa componente”, afirmou.

Pedro Ferreira revelou ainda que o físico não foi o maior ‘problema’ para esta competição. Para o Campeonato do Mundo, o jovem atleta, junto dos seus colegas, teve de gerir a parte emocional. “Eu e o Diogo Abreu tivemos nove competições para fazer num espaço de quatro dias, e é bastante puxado a nível emocional, temos que estar sempre a controlar os nervos. No segundo dia fomos campeões do mundo por equipas, e no dia a seguir tivemos quase que apagar isso da memória e continuar frios porque senão isso ia desgastar-nos e íamos perder o foco”, realçou.

Foto: Olympics.com

No que aos objetivos traçados para estes Mundiais de Trampolins diz respeito, todos eles foram cumpridos, segundo o atleta. Pedro Ferreira afirma que estar em finais era o objetivo principal e, de facto, assim o foi.

“Nós nunca pomos propriamente o objetivo de conquistar ou não uma medalha, nós sabemos que neste desporto, estando numa final, com o nosso nível , isso é sempre uma possibilidade. O que importa é estar na competição e conseguir entrar nas finais. Isso foi cumprido e depois foi a cereja no topo do bolo, nas três finais a que fomos conseguimos três medalhas. Por isso, acho que muito melhor era difícil”, disse.

Pedro Ferreira recorda ainda o momento em que venceram a medalha de ouro na prova de equipas. O ginasta afirma que após os dois primeiros grupos, onde saltou o próprio e o seu colega Diogo Abreu (ambos venceram os grupos em questão), eles sabiam já que podiam ter apenas dois destinos: o de vice-campeões ou o de campeões do mundo. Após a “segurança enorme” de Lucas Santos no último grupo. Pedro Ferreira afirma que “mal ele acabou a série já sabíamos que íamos ganhar, estávamos completamente em êxtase”.

Numa perspetiva mais pessoal, o atleta português descreve esta participação como sendo “um orgulho enorme saber que a seleção contou comigo e eu consegui corresponder”. Para além disto, recordou ainda os dois mundiais anteriores que não correram bem ao ginasta. Em 2019 devido a uma lesão nas costas a poucos dias da competição e o ano passado devido a insegurança nos próprios saltos. Esta boa prestação nos Mundiais deste ano “mostra que todo o trabalho foi recompensado”.

“É um sonho (…) já tinha ganho uma medalha de prata num Campeonato do Mundo, mas foi uma sensação completamente diferente. Chegar ao Campeonato do Mundo e sair de lá com três medalhas é prova de nível enorme”, disse.

Num futuro próximo, o objetivo passa por conseguir um lugar no ranking das Taças do Mundo e no Mundial do próximo ano “onde se pode conseguir outra vaga para o país. É tentar sermos finalistas que foi algo que Portugal ainda não conseguiu – uma vaga para os Jogos através do Mundial”. De realçar também que com esta competição, Pedro Ferreira junta-se a Diogo Abreu e a Lucas Santos no projeto olímpico de 2024 começando o apuramento no circuito das Taças do Mundo.

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