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Patrícia Lima: “A palavra que melhor caracteriza este grupo é determinação”Exclusivo 

Patrícia Lima, central da Seleção Nacional. Foto: Federação de Andebol de Portugal

Duas vezes campeã nacional e duas vezes vencedora da Taça de Portugal, títulos conquistados em 2016/17 e 2017/18 quando defendia o Colégio de Gaia, Patrícia Lima é já há algumas temporadas uma das principais jogadoras da Seleção Nacional de Andebol feminino. Aos 27 anos e a viver o auge da carreira, voltou a ser destaque da equipa na vitória diante da Eslováquia na última quinta-feira.

Patrícia Lima, desde 2019/20 a defender a equipa espanhola do Mecalia Atlético Guardés, foi a melhor marcadora portuguesa com cinco golos em cinco remates e contabilizou ainda seis assistências na vitória em jogo válido pela terceira jornada do Grupo 5 da Qualificação para o Campeonato da Europa 2022.

Eleita melhor jogadora nacional em 2017, a atleta natural do Porto conversou com a reportagem da SportMagazine direto da Eslováquia, onde a Seleção Nacional volta a defrontar a congénere no domingo, às 14h00 (de Portugal Continental), no Športová Hala, na cidade de Topolčany.

Assim como o selecionador nacional José António Silva, Patrícia Lima mostrou-se confiante no apuramento para o Euro 2022, destacou o empenho do plantel português e, por fim defendeu o talento das jogadoras nacionais e destacou a falta de condições necessárias para que o andebol feminino nacional possa evoluir ainda mais.

Patrícia Lima: “Não há falta de talento ou qualidade em Portugal, há falta de melhores condições de treino”. Foto: Patrícia Lima/Instagram

SportMagazine (SM) – Foi a melhor marcadora portuguesa no primeiro jogo. Mas, além disso, também teve uma atuação destacada. Como avalia o desempenho pessoal na última partida com a Eslováquia, satisfeita?

Patrícia Lima (PL) – Sim, naturalmente estou muito satisfeita com a minha prestação contra a Eslováquia, foi um jogo com uma exigência enorme em que consegui estar a um bom nível, é importante salientar que o mérito individual só é possível quando há um grande coletivo que o sustenta. Penso que este jogo foi uma grande prova disso.

SM – Seguramente, jogar em casa do adversário agora será um factor de dificuldade a mais. Pode-se esperar uma Eslováquia mais forte no domingo?

PL – Sabemos que jogar fora acarreta sempre dificuldades acrescidas. O factor casa tem um peso muito grande nas seleções e penso que a Eslováquia perante o seu público vai entrar bastante forte. Certamente, vão aproveitar os treinos para ajustar pequenos detalhes e fazer algumas correções, algo que nós também vamos fazer para chegar nas melhores condições possíveis ao jogo de domingo.

SM – O José António Silva elogiou bastante o esforço das jogadoras e a determinação em conseguir esse apuramento ao Euro 2022. Apesar de ser difícil, o espírito de garra da Seleção realmente pode nos levar à competição continental?

PL – Penso que a palavra que melhor caracteriza este grupo no presente é determinação. No início da qualificação para o Europeu 2022 determinamos um objetivo que por sua vez é um sonho para toda a equipa, estamos muito focadas no trabalho que temos que realizar para alcançá-lo e acredito vivamente que com a garra deste grupo tudo é possível.

SM – A Patrícia está há cerca de dois anos e meio no andebol espanhol, precisamente no Atlético Guardés. Com essa experiência no países vizinho e conhecendo o nível no estrangeiro, em que posição colocaria o andebol português feminino em relação a outros países e o que acha que podemos melhorar ainda?

PL – Penso que quando pensamos no andebol feminino português temos a tendência a “inferiorizar” a capacidade que as jogadoras portuguesas têm, o que, na minha opinião, é extremamente errado. Acho que há uma diferença enorme no nível de jogo do campeonato português quando comparamos com o resto dos campeonatos europeus, fruto da falta de profissionalismo. Não há falta de talento ou qualidade em Portugal, há falta de melhores condições de treino para que as atletas possam progredir, é preciso dar um passo muito importante se queremos diminuir a diferença do nosso campeonato para os campeonatos europeus, para isso é necessário profissionalizar ao máximo o campeonato português, só assim as jogadoras poderão dedicar-se a 100% à carreira desportiva.

Foto: FPA

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