Este fim-de-semana, Viana do Castelo, Cidade Europeia do Desporto, recebeu a Final Four da Taça de Portugal de Voleibol, competição onde o Sporting CP e SL Benfica saíram vencedores, em feminino e masculino. Em entrevista à SportMagazine, Leonel Salgueiro, Diretor Técnico Nacional da Federação Portuguesa de Voleibol, explicou a organização da competição, a evolução da modalidade e o futuro do voleibol em Portugal.
O voleibol tem vindo a crescer em Portugal, surgindo cada vez mais equipas de diversos clubes, nomeadamente equipas femininas. A Taça de Portugal é uma das maiores competições da modalidade. Para quem não conhece o trabalho da Federação Portuguesa de Voleibol, que desafios é que surgem na organização de um evento como a Final Four?
O voleibol tem evoluído muito a nível nacional, mais no feminino do que no masculino, onde têm aparecido mais equipas e mais praticantes. Nós somos uma modalidade que tem mais praticantes do género feminino do que masculino e isso também nos dá uma obrigação moral para desenvolver a modalidade. Nós [a federação Portuguesa de Voleibol] tem vindo a fazer investimentos a nível de clubes a refletir a nível de clubes e seleções. Para a Final Four da Taça de Portugal masculina e feminina, o facto de ser em simultâneo, fez com que tivéssemos conseguido criar uma dinâmica muito boa. Conseguimos assegurar que as equipas viessem um dia antes, treinassem no recinto onde iam jogar, garantindo assim que todos os atletas pudessem ter a melhor prestação possível.
Ao nível do público, foi muito bom. Conseguimos ter o pavilhão praticamente cheio, principalmente no jogo entre a AJMFC Porto e o Sporting CP. Houve um momento de promoção da modalidade entre os adeptos dos vários clubes.
De que forma é que realizar esta Final Four na Cidade Europeia do Desporto pode impulsionar a uma maior visibilidade e crescimento da modalidade? Que impacto teve no Voleibol e na organização da Final Four?
A nossa ligação a Viana do Castelo já decorre desde 2017, quando fizemos lá uma competição. Os habitantes de Viana estão mais familiarizados com o Desporto e com aquilo que a cidade oferece.
Portugal vai organizar um dos quatro grupos de qualificação para o Campeonato da Europa feminino de voleibol de sub-22. Que desafios é que esta prova vai trazer à Federação?
Nós somos uma federação muito experiente na organização de eventos desportivos. Em abril, vamos organizar uma competição de sub-17 em Paredes. Temos uma capacidade de organização muito grande. No Campeonato da Europa feminino de voleibol de sub-22 há mais exigência, mas nós temos uma enorme capacidade de organização. A competição vai contar com quatro grupos, onde vão ser apuradas sete equipas. Temos uma boa possibilidade para nos qualificarmos para a fase final do Campeonato da Europa feminino de voleibol de sub-22.
O que falta fazer pelo Voleibol em Portugal? Que planos é que a Federação tem para o futuro da modalidade?
Quando chegar ao momento em que acharmos que já fizemos tudo, não há motivo para continuarmos aqui. O voleibol tem de continuar a crescer. Neste momento estamos espalhados pelo país todo. A Federação Portuguesa de Voleibol tem de continuar a garantir e a assegurar novos atletas, garantir mais talentos. Tem de haver um investimento cada vez maior de forma a assegurar que o voleibol continua a desenvolver-se em todas as regiões do país.