Os Jogos do Mediterrâneo, disputados entre os dias 25 de junho e 6 de julho, em Oran, na Argélia, contam com uma equipa portuguesa constituída por 126 atletas de 21 disciplinas. Filipa Martins, ginasta olímpica, é uma das portuguesas em prova. O seu treinador, José Ferreirinha, falou com a SportMagazine acerca da participação na prova e os objetivos para a mesma.
“Em termos coletivos, a equipa de Portugal está a preparar-se para o Campeonato da Europa, no início de agosto, e esta competição será a primeira e única em que participaremos como tal até agosto, sendo que a Filipa Martins é um contributo importante para a pontuação da equipa, em todos os aparelhos que participe. Individualmente, ainda não decidimos se competirá no solo, uma vez que se encontra em fase final de um processo de recuperação de uma lesão num tornozelo e o Campeonato da Europa é uma prioridade”, afirmou.
José Ferreirinha diz ainda que se Filipa Martins acabar por participar em todos os aparelhos a que estaria destacada, é expectável que lute por medalhas. O treinador da ginasta dá prioridade ao Campeonato da Europa, pois este poderá dar acesso aos Mundiais.
“Desde o início que planeamos esta competição como preparação para o Campeonato da Europa. Pela primeira vez, a qualificação para o Campeonato do Mundo é obtida através das classificações nos campeonatos continentais e, no caso da Europa, apenas as 13 primeiras equipas terão acesso à participação como equipa”, disse.
De recordar que Filipa Martins, ginasta portuguesa, é atleta olímpica e conta com cinco medalhas eu Taças do Mundo – três de bronze, uma de prata e uma de ouro. Em 2021, no Campeonato da Europa, a atleta fez história, nas paralelas assimétricas, ao introduzir um novo elemento técnico no código internacional de pontuação.
Com isto, José Ferreirinha deixa elogios a Filipa Martins, mas nunca esquecendo a lesão que a atleta sofreu, da qual ainda se encontra a recuperar. A lesão surgiu no início do mês de abril deste ano. Em maio já participou no Campeonato Nacional, apenas em paralelas, e no início deste mês, num controlo interno da Federação de Ginástica de Portugal, em saltos e trave.
“Não tem sido uma preparação totalmente tranquila e sem limitações, mas consciente e progressiva em função dos constrangimentos que são próprios do desporto de alto rendimento. Não podendo estar ainda a 100%, acredito que a Filipa saberá utilizar a sua qualidade e experiência para se apresentar competitiva neste evento”, reforçou José Ferreirinha.