A Seleção Nacional de Voleibol Feminino irá disputar a final da European Silver League este sábado, pelas 15h00. O jogo é contra a Suécia, na cidade sueca de Lund. O vencedor da prova apura-se para a European Golden League 2023. Após ter feito história em 2021 ao qualificar-se para a final four da Silver League, ao ser primeira classificada na Pool B, este ano a formação lusa vai mais longe e disputa, pela primeira vez, uma final internacional.
Esta final coloca frente a frente as primeiras classificadas da Pool A. No primeiro jogo entre ambas as equipas, Portugal venceu por 3-2 na Suécia e, no segundo, a vitória sorriu às suecas que venceram, também por 3-2.
Hugo Silva, selecionador nacional, em entrevista à Federação Portuguesa de Voleibol, abordou a situação e a qualidade da seleção sueca que a formação portuguesa terá de enfrentar.
“Primeiro de tudo, temos de perceber que estamos a falar de uma seleção que não disputou a Silver League no ano passado e que, agora, apostou tudo para ganhar esta competição e que, convém lembrar, chegou aos quartos-finais do último Campeonato da Europa. Vão jogar em casa, junto do seu público e com uma jogadora que está entre as três melhores do mundo na sua posição. Contudo, isto não vai ser desculpa para nós, até porque assumimos claramente o que queríamos e, para além disso, ganhámos já a esta equipa e provámos que somos capazes de equilibrar o jogo”, disse.
No plantel da Suécia, o selecionador português destaca a oposto Isabelle Haak, afirmando que é uma jogadora capaz de causar imensas dificuldades Portugal. Contudo, diz também já conhecer a atleta o suficiente para antecipar aquilo que poderá fazer. No entanto, é uma atleta que consegue praticar um ótimo voleibol e tem um potencial incrível, pelo que, será de igual forma complicado. Para fazer frente a frente a esta e outras forças da Suécia, Hugo Silva aponta as qualidades da Seleção Nacional.
“Nós não temos a Haak, mas temos a Kavalenka, a Margarida, a Maria, a Gabi, a Hurst, etc. E é com todas que contamos para elevar o nosso jogo, pois só juntas é que vai ser possível combater esta seleção nórdica. Se há algum aspeto da nossa equipa que poderá ser decisivo, será certamente o serviço, sobretudo como forma de tirar as principais atacantes do jogo ou, pelo menos, dificultar a sua ação e assim deixar prever de forma mais simples o que pode acontecer e depois defender, defender muito, pois vai ser isso que nos vai dar a energia extra para a tão difícil luta e vai tirar a paciência à seleção da Suécia”, reforçou.
Apesar de ter conquistado este apuramento para esta final, Hugo Silva pretende continuar com os pés assentes na terra e considera que o trabalho realizado na Seleção Nacional não começa nos estágios, mas sim no trabalho das atletas nos respetivos clubes.
“Imagino que as pessoas queiram muito isso, mas não mais que nós, pelo que temos de ter calma. Como já referi, o ponto de partida foi difícil, pois havia muito a melhorar e ainda há. Queremos muito jogar finais e sabemos o que temos de fazer para lá chegar, mas vai ser importante o que todas elas irão fazer durante os 8 meses em que estão nos clubes. O segredo não existe, pois é tão simples como terem que trabalhar muito mais nos clubes e fazerem as melhores escolhas para o futuro de cada uma. Se assim for, o nosso trabalho pode ser mais facilitado, senão vai acontecer que, ano após ano, vamos tentar fazer num curto espaço de tempo o que não foi feito em 8 meses”, reforçou.
O selecionador nacional afirma ainda que o objetivo só será cumprido se houver espírito de união e confiança e que o importante agora é descansar e focar na competição.
“Neste momento, pouco mais há a fazer a não ser minimizar o desgaste destas últimas viagens e esperar a inspiração de um grupo que muito tem feito para alavancar de vez com o Voleibol feminino e chegarmos ao fim felizes com a nossa prestação e sem nunca esquecer que o sucesso só será possível com muita confiança em nós próprios”, afirmou.