A Seleção Nacional de futebol feminino garantiu esta quinta-feira a presença no segundo play-off de qualificação para o Campeonato do Mundo 2023. O apuramento veio com a vitória diante da Bélgica, por 2-1, em jogo disputado em Vizela. Os golos de Portugal foram marcados por Diana Silva (28 minutos), com as belgas a empatarem com Tessa Wullaert (aos 40, numa grande penalidade) e a vitória lusa ser confirmada nos minutos finais, com Fátima Pinto, aos 89.
“Portugal foi muito competente, a saber estrategicamente o que tinha de fazer. Reconhecemos os pontos fortes da Bélgica e conseguimos anulá-los. Procurámos também dominar o jogo com bola. Quando não fomos tão competentes na pressão, a Bélgica criou-nos alguns problemas. Mas quem viu este jogo percebe que o vencedor só poderia ter sido Portugal”, afirmou o selecionar Francisco Neto, na conferência após o jogo.
“Depois de sofrermos o golo, o público ‘puxou’ por nós. Acreditou sempre. Foi fundamental. Tivemos um canto logo a seguir e estivemos sempre por cima do jogo. Tudo aconteceu de forma natural. Claro que a expulsão [da belga Amber Tysiak, aos 88 minutos] marca um bocadinho o jogo, mas o golo [do 2-1] surgiu logo a seguir. Não aconteceu por desorganização da Bélgica. Sou um privilegiado por liderar uma seleção com esta maturidade”, acrescentou o treinador.
A Seleção Portuguesa vai agora vai defrontar a Islândia, em jogo do segundo play-off de apuramento. O encontro está marcado para terça-feira, às 18h00, em Paços de Ferreira.
“O próximo jogo com a Islândia vai ter características muito diferentes. É uma equipa ainda mais física do que a Bélgica, que vai querer assumir mais o jogo e pressionar mais alto. Tem jogadoras em grandes clubes, capazes de resolverem um jogo, e a vantagem de não ter jogado hoje, mas temos algum tempo de recuperação até terça-feira”, observou o Francisco Neto.
Caso vença a Islândia, Portugal qualifica-se para o Mundial se estiver entre as duas melhores seleções das três europeias que se apuram via play-off. Se for o pior dos três apurados, a conjunto luso terá de disputar um play-off intercontinental, na Nova Zelândia, que ditará as derradeiras três vagas, com Taiwan, Tailândia, Camarões, Senegal, Papua Nova Guiné, Haiti, Panamá, Chile e Paraguai. A fase final do Mundial feminino realiza-se na Austrália e na Nova Zelândia, de 20 de julho a 20 de agosto de 2023.

Foto: FPF