A Seleção Nacional júnior de Badminton está a competir no Mundial Júnior de Equipas. Após terminar a fase de grupos apenas com uma vitória – 5-0 frente à formação da Geórgia – e quatro derrotas, Portugal compete agora por um lugar entre o 25º e o 32º. No primeiro jogo desta nova fase, Portugal saiu derrotado pelos Países Baixos por 1-3. Contudo, acabou poer vencer a Letónia de seguida, por 2-3.
Diogo Silva, selecionador nacional, conversou com a SportMagazine, abordando a fase de grupos realizada pela sua equipa, as expectativas para a restante competição e ainda os objetivos futuros dentro da modalidade. No que toca à fase de grupos, apesar do quarto lugar no grupo, Diogo Silva faz um balanço positivo e diz que “pelo menos conseguir lugar nos 30 primeiros já seria, de facto, muito interessante para nós”.
“No Campeonato do Mundo, até agora, está a correr tudo conforme as nossas expectativas. Em termos de grupo nós tínhamos noção que havia uma equipa mais acessível, que era a seleção da Geórgia, e que nós derrotámos por 5-0, e que havia duas seleções que eram, em teoria claramente mais fortes que a nossa, que era a seleção da China Taipé (Taiwan) e da Alemanha, com as quais perdemos. Mesmo assim com a Alemanha, em comparação com o último Campeonato da Europa, que foi jogado em agosto, até conseguimos uma prestação melhor. Na altura perdemos 5-0 e agora conseguimos ganhar já um encontro. Depois tínhamos noção que com a seleção do Peru iria ser um encontro muito equilibrado, o que acabou por ser”, afirmou.
Em tom de comparação com a atual competição, o selecionador nacional relembra o último Campeonato do Mundo, em 2019, em que Portugal não passou a fase de grupos, terminando no quinto lugar da mesma. Realça a melhoria dos resultados e o trabalho que tem vindo a ser realizado, apesar de sentir que, nos anos anteriores, tem existido um certo azar nos sorteios das competições.
“Neste caso também temos que ser francos e admitir que em anos anteriores fomos algo infelizes no sorteio e calhámos em grupos que eram manifestamente muito difíceis e mais que aqueles que temos encontrado. Neste momento, o sorteio está a trazer-nos grupos mais acessíveis e nesse aspeto temos feito muito bem o nosso trabalho. Temos ganho sempre os encontros que são de ganhar e temos mostrado estar muito perto de poder ganhar encontros contra seleções que, em termos de ranking, estão acima de nós. Isso é uma consequência de vários fatores, mas que acaba por ser um bom contributo e um bom reflexo do que temos vindo a fazer bem e que acaba também por trazer mais visibilidade para essas pequenas melhorias que vamos conseguindo relativamente a outras edições das mesmas provas”, disse Diogo Silva.
No que aos objetivos diz respeito, o selecionador nacional aborda o escalão sénior e a formação. A curto prazo, Diogo Silva presente a qualificação para o Campeonato da Europa de Equipas Mistas – que detém uma fase final apenas com oito seleções. O técnico português destaca ainda Bernardo Atilano, o português melhor classificado no ranking.
“Mais uma vez, por aquilo que é a nossa qualidade e o nosso histórico, temos noção que conseguir a qualificação é um feito muito difícil, portanto vamos com a missão de ser competitivos com as seleções da Irlanda e da Suécia, que são quem vamos defrontar numa primeira fase nesse grupo de qualificação e, quem sabe, ganhar um desses encontros. Portanto, no imediato, esse é o nosso foco principal. Vamos ter duas participações internacionais, uma na Eslovénia e outra em Malta, para preparar essa competição. O Bernardo Atilano, que é o nosso atleta mais bem bem considerado neste momento, estará a fazer outros torneios de nível mais forte, de forma a continuar a amealhar pontos para o seu apuramento para os Jogos Olímpicos e também para preparar essa prova da forma mais conveniente”, realçou.
Quanto aos escalões de formação, Diogo Silva anuncia a realização do Open Portugal nos escalões de sub-17 e sub-19 por parte, naturalmente, de Portugal, na última semana de novembro e na primeira de dezembro, respetivamente. Esse “é o objetivo mais imediato e olhamos para essas provas sempre com a ambição de poder conseguir o melhor resultado possível, jogando em casa e portanto ai também teremos algumas ambições de, em algumas provas, tentar conseguir lugar nos quartos de final e meias finais”.
A Seleção Nacional júnior de Badminton tem agora pela frente a Bélgica, esta sexta-feira, na luta pelo melhor lugar possível entre o 25º e o 32º posto.