O Comité Executivo do Comité Olímpico Internacional (COI) informou ontem (22/02) que irá manter as sanções aplicadas desde fevereiro de 2022 à Rússia e à Bielorrússia.
Na segunda-feira (20/02), 30 nações ocidentais, incluindo Portugal, terem reiterado a opinião negativa e a ameaça de boicote à presença nos Jogos Olímpicos de Paris-2024 caso o organismo permita a participação atletas destas duas nações na competição.
Na nota divulgada, o COI volta a apontar o dedo a Rússia e Bielorrússia como «únicos responsáveis por esta guerra, sem sentido» e reforça a proibição de estes dois países organizarem quaisquer provas internacionais, além de proibir a exibição das respetivas bandeiras, os hinos ou outros símbolos que os representem. «As sanções adotadas em fevereiro de 2022 e reforçadas em dezembro de 2022 […] permanecem firmemente em vigor», sublinha a entidade.
No mesmo documento é também referido que: «O COI triplicou o fundo de solidariedade, para que os atletas tenham todo o apoio e possam superar os enormes desafios que diariamente enfrentam para realizar o seu sonho olímpico, três mil atletas já beneficiaram desta ajuda financeira, canalizada através do Comité Olímpico da Ucrânia», acrescentando que «desde os antigos Jogos Olímpicos, a missão foi sempre a de promover a paz por meio do desporto. Continuamos comprometidos com esta missão, de unir o mundo inteiro numa competição pacífica até hoje. Os esforços de construção da paz precisam de diálogo. Uma competição com atletas que respeitam a Carta Olímpica pode servir de catalisador para o diálogo, que é sempre um primeiro passo para alcançar a paz»
«Os Jogos Olímpicos não podem evitar guerras e conflitos ou combater os problemas sociais:, essa é a área da política. Mas podem servir de exemplo para um mundo onde todos respeitem as mesmas regras e uns aos outros. Os Jogos podem inspirar a resolver problemas, construindo pontes, levando a um melhor entendimento entre as pessoas. Eles podem abrir a porta para o diálogo e a construção da paz de maneiras que a exclusão e a divisão não conseguem», menciona o documento, onde é também realçada a «solidariedade inabalável com a Ucrânia, as sanções impostas à Rússia e à Bielorrússia e a missão unificadora e de construção da paz».