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Carlos Silva e a Premier League Matosinhos: “Será certamente o início de uma retoma desta modalidade”Exclusivo 

Carlos Silva, presidente da FNK-P. Foto: FNK-P

Pela segunda vez, Portugal vai acolher uma prova do Circuito Mundial de Karaté da World Karate Federation, cuja organização é da Federação Nacional de Karaté – Portugal (FNK-P). A competição acontecerá entre a sexta-feira e o domingo, no Centro de Desportos e Congressos de Matosinhos, no distrito do Porto.

Carlos Silva, presidente da FNK-P, destacou que a receção da competição em Portugal, significará “certamente o início de uma retoma desta modalidade”, tanto a nível nacional como internacional, citando a passagem da pandemia como prejudicial para o mundo desportivo. Em entrevista à SportMagazine, o gestor destacou o desafio de organizar uma competição que terá a presença de aproximadamente 400 atletas de mais de 50 países.

Portugal estará representado pelos atletas Patrícia Esparteiro, na vertente de Kata, e Tiago Duarte, na prova de Kumite -75kg, que ocupam o 32º e o 33º lugar do ranking mundial das respetivas categorias. Além deles, juntam-se  Tiago Almeida também no kumite -75kg, Sara Leal e Constança Matos (kumite -50kg), Ana Rita Oliveira (kumite +68kg) e Flávia Ribeiro (kumite -68kg).

Recorde-se que esta será a última competição de Patrícia Esparteiro na carreira. A atleta do Sporting de Braga surpreendeu a todos ao anunciar que, aos 27 anos, encerraria a carreira. Quinze vezes campeã nacional, medalha de bronze dos Jogos Europeus em Minsk 2019, medalha de Ouro no Polish Open Karate 2021 e uma das maiores karatecas de sempre em Portugal na vertente kata.

A seguir, confira a entrevista com Carlos Silva, presidente da da FNK-P.

Tiago Duarte será um dos representantes de Portugal na competição. Foto: Tiago Duarte/Facebook

SportMagazine (SM) – Portugal volta a receber a partir de sexta-feira um grande evento do karaté mundial. Qual a importância para a promoção da modalidade, em especial para as próximas gerações, poder ter aqui em Matosinhos uma prova do Circuito Mundial de Karaté da World Karate Federation?

Carlos Silva (CS) – Nesta fase de uma vivência mundial diferente, atingida por uma pandemia, e agora a decorrer uma guerra, esta consecutiva organização deste evento, na modalidade de Karaté, considerada de alto risco em todo o mundo, foi e é, deveras muito importante para o desporto nacional e para todos os karatecas do mundo.

Esta organização será um consolidar de um excelente trabalho e de uma boa estrutura e responsabilidade que esta Federação tem em organizar eventos de nível mundial. Será certamente o inicio de uma retoma desta modalidade tanto a nível nacional como mundial. Saliento que devido às características do evento, onde estarão os melhores atletas a nível mundial, terá com certeza uma grande qualidade desportiva.

Assim, todos os nosso karatecas poderão vivenciar presencialmente o trabalho a ser efetuado por todos os demais karatecas do mundo. E poder apreender um pouco mais. Por outro lado, Portugal estará uma vez mais na linha da frente do Karaté mundial, o que nunca foi uma situação observada anteriormente.

SM – Em termos de organização, cuja a missão é da FNK-P, qual o maior desafio para acolher 400 atletas de 50 países?

CS – O nosso maior desafio é receber toda comunidade Mundial de Karate, os (+58) países, seus atletas (+380), treinadores (+110), árbitros (+88), dirigentes (+78) e staff (+56) com a dignidade que nos últimos anos nos qualifica e proporcionar uma prova de excelência de modo a termos um evento de qualidade em termos organizacionais e excelência desportiva.

SM – Portugal será representado por atletas como Patrícia Esparteiro, na vertente de Kata, e Tiago Duarte, na prova de Kumite -75kg. O que podemos esperar dos nossos representantes?

CS – Portugal terá na sua representação sete atletas de excelentes qualidades onde as suas associações, clubes e os seus treinadores pessoais têm um papel preponderante nos seus atributos e qualidades enquanto karatecas. Esperamos de todos eles, um lugar de pódio.

SM – Como avalia o desenvolvimento da karaté em Portugal e o qual o nosso maior desafio para promover a modalidade nos próximos anos?

CS – Nestes últimos anos, a Federação Nacional de Karaté desenvolveu-se a um nível de excelência estabelecendo alicerces essenciais, estruturando-se com uma transparente estabilidade financeira de modo a proporcionar a todos os que juntos caminham com a Federação um desenvolvimento desportivo franco e são.

Conseguiu-se nos últimos anos, enormes resultados desportivos de modo a que só nos últimos quatro anos temos muito mais resultados desportivos do que em toda a sua história desta Federação e do Karaté nacional.

Além disso, estão criadas as condições para uma melhor Federação. Muito existe para se fazer, pelo que trabalhamos diariamente para evoluirmos sendo um dos grandes desafios promover todas as áreas da modalidade de Karate na vertente de karate Para Todos.

Iremos Integrar na FNK-P todos os praticantes em modelo via de prática Social, Adaptado e promover a prática em todos os escalões de prática e promover, apoiar e efetuar a via de prática técnico-tradicional e todos os seus valores, valorizando o “Passado e Projetar o Futuro” do Karate-Do Nacional.

Assim no momento estamos a desenvolver e a garantir os seguintes projetos: Karaté Adaptado/ ParaKaraté, Karaté Social/Sénior, Karaté Anti bullying / Antiviolência , Karaté Exemplo – Ética e Fair Play e Karate -DO a pratica de Karaté tradicional, incluído nele a vertente Welness (saúde) e claro o ECO KARATE com a sustentabilidade ambiental a ser um objetivo.

 

 

 

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