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Camilo Abdula: “Ainda nem acredito que ganhei o primeiro lugar deste campeonato”

Foto: Beachcam - MEO

Camilo Abdula, surfista português, sagrou-se, no passado sábado, campeão mundial de para-surfing na categoria Stand 1. Esta foi a segunda medalha de ouro para Portugal no Mundial de Para-Surfing da Internacional Surfing Association (ISA), sendo que Marta Paço conquistou a outra medalha de ouro.

O atleta português, treinado durante este ano por John Tranter – também treinador de Yolanda Sequeira, surfista portuguesa -, conversou com a SportMagazine sobre a competição, a modalidade e os seus objetivos futuros. No que à preparação diz respeito, o surfista de 43 anos afirma ter sido “como sempre”, treinando “tanto fisicamente como psicologicamente”.

“Tive muito treino físico para estar preparado para estas condições de mar que eu já conhecia do ano passado. Sabia que iam ser muito duras e fiz muito ginásio, muito trabalho de piscina, trabalho se surf. Foi basicamente isto durante o ano inteiro”, afirmou.

Apesar do ouro, Camilo diz que não esperava obter esta medalha. No entanto a expectativa do atleta sempre foi “fazer melhor que o ano passado, que tinha sido um quarto lugar”. Acabou mesmo por vencer toda a competição e encontra-se “extremamente feliz pela vitória”. “Ainda nem acredito que ganhei o primeiro lugar deste campeonato”, afirmou Camilo Abdula.

Para além disto, o surfista acredita que estas conquistas, não só a do próprio como a de Marta Paço, podem trazer mais visibilidade para a modalidade, nomeadamente para a vertente adaptada da mesma.

“Eu quero acreditar que sim, acho que pela quantidade de mensagens que recebemos nestes dias, muitas pessoas deram os parabéns à equipa, principalmente a mim e à Marta [Paço] por termos ganho o ouro. Espero que tenhamos sido um exemplo para que mais pessoas com problemas físicos possam acreditar que podem fazer surf também, para que possamos ter uma equipa muito maior do que a que temos agora”, realçou.

Do surf para o para-surf existe apenas uma diferença: a adaptação. Camilo afirma que na vertente adaptada “cada atleta tem que se adaptar consoante a sua disponibilidade física. Tem que fazer adaptações às suas pranchas. É um pouco diferente do surf normal”. Aliás, existe outra diferença. Enquanto que o surf foi considerado, já para os Jogos Olímpicos 2020, modalidade olímpica, o para-surfing não é considerado modalidade paralímpica. No entanto, poderá ser uma hipótese para 2028.

“De momento ainda não somos paralímpicos. Creio que vamos saber se somos modalidade paralímpica em janeiro, segundo as informações que temos da ISA. Em janeiro, o Comité Olímpico acho que vai decidir se o para-surfing vai ser modalidade paralímpica ou não para 2028”, disse.

Camilo Abdula não escondeu que “é o sonho de qualquer atleta” participar nos Jogos Paralímpicos, e que “adoraria ter essa oportunidade por Portugal”. Para 2023, o atleta pretende “continuar a treinar e ter oportunidade de representar Portugal outra vez no Mundial de 2023 e treinar para conquistar novamente o ouro e manter a minha posição como número um do mundo”.

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