O adiamento dos Campeonatos Mundiais de desportos aquáticos causou enorme impacto na preparação dos atletas do mundo inteiro que esperavam pela competição no mês de maio, no Japão. Em Portugal não foi diferente. Um dos principais nadadores portugueses na atualidade, José Paulo Lopes afirmou, em declaração à SportMagazine, que ficou dececionado com a transferência da competição para julho de 2023. Entretanto, já mudou o foco para o Europeu.
“Da minha parte não posso nem concordar nem discordar do adiamento do mundial. Tenho de admitir que fiquei um bocado boquiaberto pelo facto de ter mesmo acontecido e até um pouco triste, porque estava mesmo a contar com a competição”, começou por dizer o nadador de 21 anos.
Atleta do Sporting Clube de Braga, treinado por Luís Cameira, José Paulo Lopes alcançou no ano passado o recorde nacional dos 400 livres em piscina curta, em Abu Dhabi. Na mesma prova, em dezembro, ele também tornou-se o nadador mais rápido do país nos 1500 metros livres ao concluir a distância em 14:39,82 e superar o próprio recorde com menos nove segundos e sete centésimos que a marca anterior que já lhe pertencia desde 2019.
A viver ótima fase na carreira, o nadador, cujo o grande objetivo agora é chegar forte a Paris 2024, prefere manter o pensamento positivo para conquistar bons resultados este ano. “Mas [o adiamento do Mundial] não impactou em nada na temporada porque temos várias outras provas pela frente e o objetivo é sempre o mesmo: dar o melhor de mim e tentar sempre alcançar o melhor resultado possível”, garantiu.
Questionado sobre qual passaria a ser o principal objetivo da época a partir de agora, José Lopes afirmou que ainda não sabe ao certo, mas mostrou-se confiante: “Talvez uma final no Europeu”, disse sobre o campeonato de piscina longa, que se realizará em agosto, em Roma.
Luís Cameira admitiu que o adimento do Mundial “vai ter consequências no planeamento dos nadadores”, mas reforçou o otimismo no seu atleta para o Europeu. “Sim, acredito [nesta final]. Na época passada, ele foi sexto na final aos 800 m. Tem evoluído muito”, destacou.
Até aqui, a competição europeia está mantida. Recorde-se que o Mundial em Fukuoka, no Japão, foi adiado por conta do novo agravamento da pandemia da Covid-19.